Sábado, 30 de outubro de 2010 - 18h59
Débora Zampier
Agência Brasil. Brasília – O segundo turno das eleições terá um número ainda maior de observadores internacionais que o registrado no último dia 3 de outubro. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão 187 observadores estrangeiros de 45 países. No primeiro turno foram registrados 146 representantes de 36 países.
Os observadores para o segundo turno das eleições estão divididos entre 24 autoridades estrangeiras e 17 embaixadores que se registraram para acompanhar a votação de amanhã (31). Eles acompanharão a votação no Distrito Federal, em São Paulo, Santa Catarina, no Paraná e Rio Grande do Sul.
O número de observadores do segundo turno supera em mais de nove vezes a média registrada desde 2002, de 20 observadores por eleição. O número de países representados também é mais expressivo que a soma de todas as nações registradas desde 2002 - 45 no segundo turno contra 35 na soma das eleições de 2002, 2004, 2006 e 2008.
Para Ricardo Caldas, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), um dos motivos para o recorde de interesse é o resultado positivo da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula deixa o governo com uma gestão excelente, de ótimos índices econômicos e indicadores sociais brilhantes”.
O especialista também acredita que o interesse internacional se deve ao fato de o presidente Lula ser um “socialista bem-sucedido”. Segundo Caldas, o contexto internacional indica um fracasso recente dos socialistas, como a renúncia de Gordon Brown, do Partido Trabalhista da Inglaterra, em maio deste ano, e a eleição da conservadora Angela Merkel no lugar de Gerhard Schröder, do Partido Social Democrata da Alemanha, em 2005.
“Lula definiu novos caminhos para a social democracia. Começou nas eleições de 2002 com um discurso marxista e depois fez uma gestão bastante pragmática, com alto impacto social”, disse Caldas.
O cientista político Humberto Dantas, da Universidade de São Paulo (USP), também acredita que o impacto da gestão Lula é um dos motivos do interesse internacional. “O mundo quer saber: o que será do Brasil após o Lula?”, afirmou. Para o cientista, a imagem que fica para a comunidade internacional em relação ao atual presidente é “extremamente positiva”.
O cientista também acredita que o país está cada vez mais em evidência, o que causa receio quanto aos rumos que tomará no futuro. “Temos que nos acostumar com o fato de que cada vez mais pessoas tenham esse questionamento”, disse.
Segundo Dantas, o protagonismo do país está chamando atenção ainda para o próprio processo eleitoral e para o sistema de votação com urnas eletrônicas, adotado desde 1996.
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