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NELSON JOBIM: Forças armadas terão mais mobilidade e presença na fronteira



O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou nesta quinta-feira (5) do programa Bom Dia Ministro. Durante a entrevista com âncoras de rádios o ministro falou sobre a Estratégia Nacional de Defesa lançada pelo governo federal no final do ano passado, que estabelece diretrizes e ações de médio longo prazo para reorganizar e reorientar as Forças Armadas. O programa é produzido e coordenado pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido ao vivo, via satélite, para emissoras de todo o País. Leia abaixo os principais trechos.

Estratégia - A Estratégia Nacional de Defesa não tem como objetivo único a compra de material para as Forças Armadas. A Estratégia tem como base a reorganização e modernização. Precisamos ter, por exemplo, a identificação dos pontos  estratégicos sensíveis e ter uma locação de forças naquele ambiente. O que é fundamental em relação as nossas diretrizes, aprovadas pelo presidente da República, é a de dissuasão. Ou seja, evitar concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres ou nas águas jurisdicionais brasileiras. Nós temos 5.727 mil quilômetros de fronteiras terrestres e ainda as águas territoriais com 4,5 mil quilômetros quadrados. Nas diretrizes, vamos fortalecer o setor de importância estratégica que é o espacial, submerso e nuclear. Vamos unificar as operações das três forças muito além dos limites impostos pelos chamados exercícios conjuntos; vamos reposicionar o efetivo das três forças, tendo em vista a capacidade de poder estar presen te no local necessário. Em relação ao Exército, nós teremos um núcleo modular que serão as brigadas e essas brigadas de deslocamento rápido, vamos adensar a presença de unidades do Exército, da Marinha e das Forças Aéreas nas fronteiras. Observe bem: se você olhar o mapa brasileiro vai verificar que a necessidade de presença e monitoramento está a oeste nos grande centros de aquaterlamento milites próximos ao litoral. Vamos também, expandir a Marinha. Hoje a Marinha concentra-se exclusivamente no Rio de Janeiro. E vamos ter que criar um local de armadas junto a entrada do Rio Amazonas.

Fronteiras - Uma das funções subsidiárias do Exército é ter o poder de polícia em zona de fronteira para crimes transacionais. A questão do tráfico de drogas é algo da competência da Polícia Federal. E queremos ter ações comuns (com a PF) e o Exército Nacional, que também tem funções de polícia na fronteira. Temos um desejo de montar operações, como já fizemos, regidas pelo Comando Militar do Sul. Nós temos que ter muita cautela política, muita habilidade para termos um grande entendimento, como já temos com as autoridades paraguaias, para ações conjuntas de fronteira. E não só ações de barreira internas no Brasil, mas sim, ações desenvolvidas no território brasileiro, por forças brasileiras, e no território paraguaio, por forças paraguaias. Aliás, eu vou propor nas discussões que teremos no Conselho de Defesa Sul-Americano, que já foi criado em janeiro deste ano, em um encontro de presidentes da Unasul. Na reunião em março, no Chile, vou propor que os p aíses vizinhos possam ter operações conjuntas, cada um no seu território, exatamente na coibição dessas ações ilícitas em fronteiras.

Novos caças - Na última lista feita pela FAB, nós temos concorrendo o F-18 americano, o Rafalle francês e o Gripen sueco. Mas eu recebi a visita da Rosobonexport, que é a empresa russa  do Sukhoi, o SU-35. Ela deseja complementos para ver a possibilidade desse avião ser examinado. Eu disse que era possível trazer esse material e que a FAB examinaria. O mesmo se passou com os europeus, em relação ao Euro-fighter. Ou seja, lá por julho ou agosto, nós vamos ter uma decisão final da escolha técnica, para depois tomar a decisão política. Nós assinamos no final do ano a compra de, em torno de 50 helicópteros, para construção no Brasil do H 725, o Super Cougar. O problema com as empresas estrangeiras nesta área é que o Brasil não é um comprador líquido. O Brasil é um parceiro. Ou seja, investe com uma condição de desenvolver a nossa indústria de defesa. Daí poder construir os helicópteros aqui no Brasil, na Helibras. E mais, assinamos com os franceses tamb ém com a participação da iniciativa privada brasileira a compra e construção no Brasil de submarinos Scorpéne.

Tarifas aéreas - A legislação brasileira determina a liberação de tarifas. Nós temos tarifas liberadas internamente, que está determinando a concorrência. Com a entrada da Azul em operação, a TAM e a Gol baixaram enormemente as tarifas de Campinas. Na América do Sul, as tarifas são liberadas. A discussão são as viagens internacionais. O brasileiro que compra uma passagem de ida e volta de São Paulo a Nova Iorque paga o dobro de um americano. Ou seja, nós, passageiros brasileiros que estamos dentro de uma tarifa mínima fixada pala Anac, estamos transferindo a possibilidade de que o passageiro estrangeiro seja financiado por nós mesmos. Então temos que estabelecer e caminhar para uma uniformização.  O que queremos é que estas tarifas sejam também para os brasileiros. Não sejam somente para os estrangeiros.

Fonte: EmQuestão

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