Sexta-feira, 12 de novembro de 2010 - 20h15
Débora Zampier
Agência Brasil, Brasília – Uma decisão do ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberou a candidatura de Beto Mansur (PP-SP), que tentava a reeleição para deputado federal. Ele obteve 65 mil votos, que chegaram a ser anulados pelo fato de o candidato estar com o registro negado com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão de Versiani ainda cabe recurso ao plenário do TSE.
Mansur foi considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por abuso de poder político nas eleições de 2000. Ele foi condenado por usar dinheiro público para imprimir e distribuir panfletos quando concorria à prefeitura de Santos.
O TRE-SP entendeu que a condenação, que é de 2004, deixaria Mansur inelegível por oito anos. Só que, para Versiani, a lei torna inelegível a partir do ano da prática do ilícito, ou seja, o fim da inelegibilidade para Mansur é 2008.
Segundo o portal Folha.com, a decisão alterará a composição na Câmara dos Deputados, pois Mansur ficaria com a vaga de Vanderlei Siraque (PT-SP), que obteve mais de 90 mil votos. Até o momento, a informação sobre a nova composição não foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
Outros políticos bem votados para deputado federal em São Paulo que tiveram os votos anulados por estarem com os registros indeferidos são Paulo Maluf (PP-SP), que obteve 497 mil votos e Francisco das Chagas Francilino (PT), com 76 mil votos.
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