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Política - Nacional

Marta Suplicy: ambição e fidelidade, com toques de psicologia


Agência O Globo RIO - Tida como arrogante e ambiciosa até por companheiros petistas, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy comemorou a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a certeza de que seria brindada com um dos ministérios considerados como jóias da coroa. O das Cidades, com orçamento de R$ 5 bilhões e responsável por grandes obras em prefeituras de todo o país, seria seu passaporte para a campanha presidencial em 2010. Ao longo dos últimos quatro meses, no entanto, Marta enfrentou um desgastante processo de fritura. Havia dúvida se ela aceitaria uma pasta que nada tem a ver com sua base. Para garantir seu espaço na Esplanada, mandou seus emissários dizerem a Lula que aceitaria ser a ministra do Turismo, e aguardava seu telefonema para oficializar o convite. A tentativa do PT de levar Marta para o Ministério da Educação ou para as Cidades, com o objetivo claro de cacifá-la para a disputa presidencial de 2010, quase inviabilizou sua nomeação. O presidente Lula quer brecar todo e qualquer movimento de Marta, do PT ou de aliados rumo a 2010, porque ele próprio quer conduzir esse processo. Marta tem trunfos a seu favor: além de ter assumido a coordenação da campanha de Lula em São Paulo no segundo turno da eleição presidencial em 2006, conseguindo reduzir a diferença entre ele e o candidato tucano, Geraldo Alckmin, a ex-prefeita tem cumprido um roteiro de fidelidade extremada e calculada. Engajou-se na campanha do candidato petista ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, como queria Lula, e apoiou a eleição do novo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, que havia votado em Mercadante na escolha do candidato do PT em São Paulo. Marta vinha de uma derrota na eleição de 2004, quando tentou se reeleger para a prefeitura de São Paulo. Em 2005, sua gestão na prefeitura de São Paulo chegou a ser envolvida no escândalo da Máfia do Lixo, em que seriam cobradas propinas das empresas responsáveis pela limpeza urbana. Mas, além do destaque que conquistou na última campanha de Lula, Marta ganhou espaço no PT paulista diante da queda de prestígio de Mercadante. Além de ter perdido o governo do estado para José Serra, o senador foi citado no escândalo do dossiê produzido contra políticos tucanos no ano passado. Integrante do diretório nacional do PT e ex-deputada federal, eleita em 1995 com mais de 76 mil votos, Marta tem entre os projetos de sua autoria as propostas de regularização da união civil entre homossexuais e a que obriga os partidos a reservarem 25% de suas listas de candidatos às mulheres. Na prefeitura de São Paulo, sua grande bandeira na tentativa de reeleição foi a criação do CEU (Centro Educacional Unificado). De família tradicional, a petista nasceu em 18 de março de 1945, batizada Marta Teresa Smith Vasconcelos. É psicóloga formada na Michigan State University (1966-68) e na PUC-SP (1969-75). Filiada ao PT desde 1983, Marta ancorou programa sobre sexualidade da mulher na TV, na década de 1980. Foi casada durante 37 anos com o senador Eduardo Suplicy, de quem herdou o sobrenome e com quem teve três filhos. Após o divórcio, casou-se com o franco-argentino Luis Favre.

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