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Política - Nacional

Madeira ilegal apodrece no Pará


Agência O Globo BELÉM - Uma grande quantidade de madeira extraída ilegalmente da floresta amazônica, e apreendida em operações da polícia e do Ibama, está apodrecendo e queimando no Pará. O descaso coincide com a divulgação dos primeiros contratos que permitem a exploração da floresta pela iniciativa privada em terras públicas. O Ibama realiza operações para tentar conter o desmatamento e quando consegue fazer alguma apreensão, não tem onde guardar as toras. O pátio do Ibama em Altamira, no oeste do Pará, está lotado com mais de mil metros cúbicos de madeira, o equivalente a 76 caminhões. Tudo está apodrecendo. No mesmo município, um carregamento de mogno apreendido durante uma fiscalização e que estava em uma serraria, foi queimado. Em setembro, na maior apreensão de 2006 no Pará, 15 mil metros cúbicos de várias espécies de árvores foram deixados no meio da floresta. O Ibama quer doar a madeira para a construção de casas, pontes e carteiras escolares mas não há previsão de quando essas toras serão retiradas da mata. Os primeiros quatro contratos de planos de manejo, todos localizados no Pará e feitos com base na nova lei de gestão de florestas públicas, prevêem a retirada das árvores da mata, sem destruir a floresta. Segundo o Ibama, os governos estaduais e o federal passam a oferecer contratos de concessão de uso para a iniciativa privada em áreas de floresta. - É um avanço porque dá a possibilidade de que uma atividade muito importante para a região possa ser feita de forma sustentável e de forma continuada - explica o engenheiro florestal da ONG Imazon Paulo Barreto. Ambientalistas são contra porque os contratos permitem que a floresta, mesmo em terras públicas, possa ser explorada por madeireiros. Muitas áreas são de difícil acesso e não têm fiscalização. - É um tiro de misericórdia. A floresta não tem mais solução - critica o ambientalista Camilo Viana. Pesquisadores que atuam na Amazônia afirmam que por ano são derrubadas 4,5 milhões de árvores da floresta. O próprio Ministério do Meio Ambiente reconhece que mais da metade da madeira tem origem ilegal.

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