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Lula recebe Jereissati e diz que respeita CPI Aérea


Agência O Globo BRASÍLIA - Ao final de uma conversa de cerca de uma hora no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que respeita a iniciativa da oposição de abrir uma CPI da crise aérea no Senado. - Não tratamos desse assunto na conversa, mas o presidente Lula me disse, já na saída, que compreende e respeita nossa posição de instalar a CPI - disse Jereissati a jornalistas depois da audiência. Mais cedo, Lula demonstrara preocupação e já dava como certa a instalação da CPI, durante o reunião do conselho político. Tanto que disse aos líderes e presidentes dos partidos aliados que o governo precisa se preparar para enfrentá-la. Foi a primeira vez que Jereissati esteve no Palácio do Planalto desde o fim do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. A conversa faz parte da aproximação de Lula com os oposicionistas. Há quinze dias ele recebeu o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) e, na quarta-feira, o governador tucano de São Paulo, José Serra. Segundo o senador, Lula falou "da sua admiração e respeito" por Fernando Henrique, mas não comentou se iria convidar também o ex-presidente para uma conversa. Tasso comunicou aos dirigentes estaduais do partido o convite do presidente Lula. O senador cearense disse que Lula ligou para ele pela manhã para pedir a audiência. - Resolvi aceitar como um gesto de civilidade e polidez democrática. A vocação do PSDB é de abertura do diálogo, sobretudo para o que é de interesse do país. Não significa, porém, aproximação política ou acordo para discutir a eleição - esclareceu o tucano. O presidente tucano disse que a audiência dessa quinta-feira não vai alterar a posição crítica do PSDB sobre o governo Lula, mas ressaltou que o diálogo foi uma demonstração de civilidade política. - Ele foi eleito presidente pelo povo e nós fomos mandados para a oposição pelo povo, mas se alguns pleitos podem ser resolvidos pelo diálogo, isso é sempre bom para o país - disse o senador tucano. - Não muda em nada nossas posições, tanto assim que faremos uma CPI rigorosa, fiscalizadora, mas sabemos que fazer oposição não é ficar xingando e extrapolando o tempo todo - disse. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, do PTB, e a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), líder do Governo no Congresso, participaram da audiência. A senadora permaneceu somente durante parte da audiência. Segundo Jereissati, o PSDB pode ajudar o governo a aprovar a prorrogação da vigência da CPMF e do mecanismo da DRU (que desvincula parte do Orçamento da União), desde que sejam negociadas modificações. Ele afirmou que disse a Lula que a oposição está aberta ao diálogo, embora defenda a redução gradativa da alíquota da CPMF e o compartilhamento da arrecadação com os Estados e Municípios. - Eu lhe falei sobre nossas restrições e disse que teria um diálogo aberto em tudo o que for relacionado à governabilidade. Ainda segundo o tucano, Lula disse que não concorda com a partilha da CPMF, mas também garantiu que o governo está aberto ao diálogo. - O presidente disse que considera a aprovação desses dois dispositivos fundamentais para a governabilidade - declarou Tasso. Jereissati disse, no entanto, que se entendeu com Lula sobre três pontos: reforma política, revisão de critérios para o cálculo do pagamento da dívida dos Estados e alterações no projeto que recriou a Sudene. Segundo ele, Lula também garantiu a implantação de uma usina siderúrgica no Ceará, projeto que enfrenta resistências na Petrobras, responsável pelo fornecimento de gás natural para o empreendimento. - Ele me disse que posso garantir ao povo do Ceará que a siderúrgica vai sair - afirmou Jereissati. Lula disse ainda que vai orientar a base do governo a apoiar o projeto do tucano sobre a criação de zonas de processamento de exportações (ZPEs). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, será encarregado de discutir com a oposição as mudanças na Sudene e os critérios para o pagamento da dívida dos Estados. Um representante do governo, que Lula não informou quem seria, vai conversar com os oposicionistas sobre reforma política, informou o senador do PSDB. - Não marcamos novo encontro, mas o presidente Lula afirmou que espera ter oportunidade de falar com a oposição sempre que estiver diante de problemas de relevância nacional - disse o presidente do tucano. No final, Tasso considerou que o encontro foi bom: - É uma relação institucional. É positivo para o país. É preciso ter uma relação civilizada e de diálogo entre a oposição e o governo. Isso não deveria ser surpresa.

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