Chico de Gois e Luiza Damé - Agência O Globo
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira que a coalizão faça pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o que não conseguiu fazer na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O presidente reuniu nesta manhã o Conselho Político da coalizão formado por 11 partidos e fez um apelo pela união de sua base parlamentar em torno do PAC. Atuando como porta-voz do grupo, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer, disse que Lula não considera o plano uma "obra acabada".
- A reunião com o presidente espantou a idéia de que este é um plano acabado - disse Temer, observando, porém, que o Executivo deixou claro que não quer mexer nas linhas mestras do programa.
Lula abriu espaço para que as lideranças aliadas no Congresso aperfeiçoem o PAC.
- O presidente fez um apelo pela unificação em torno do PAC e lamentou que a base não esteja unificada em torno da sucessão na Câmara - relatou a jornalistas o líder do PSB, deputado Renato Casagrande.
Ele informou ainda que o Executivo está disposto a dialogar com os governadores sobre a pauta de reivindicações por maior partilha de recursos.
Segundo Casagrande, o presidente não fixou prazo para a aprovação do PAC, mas avaliou que irá romper com a tese negativa de que o segundo mandato será pior do que o primeiro.
- Ele disse que vai trabalhar ainda mais agora do que trabalhou nos últimos quatro anos.
Após a eleição dos novos presidentes do Congresso, em 1º de fevereiro, o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro irá se reunir com os novos líderes das bancadas para tratar especificamente do PAC.
Relatores de projetos e MPs do PAC serão indicados na próxima semana
O presidente do PMDB adiantou que já na próxima semana serão indicados os relatores das sete medidas provisórias e dos cinco projetos de lei que compõem o programa de crescimento. O critério para a indicação é que os relatores sejam da base do governo e "conheçam muito bem o PAC em seu conjunto'', segundo Temer.
Em nota assinada pelos 11 partidos (PMDB, PT, PP, PSB, PDT, PR, PTB, PCdoB, PV, PSC e PRB), o conselho político da coalizão propõe "discussão ampla com os parlamentares com vistas a incorporar as contribuições que se mostrarem adequadas para o aprimoramento e segura aprovação do programa''.
Segunda-feira, 9 de setembro de 2024 | Porto Velho (RO)