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Política - Nacional

Heloísa Helena, no 'Globo', ataca Lula


Hilda Badenes - Rui Pizarro - Agência O Globo RIO - A senadora Heloísa Helena, candidata do PSOL a presidente, criticou nesta terça-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso. A colunista Tereza Cruvinel quis saber como seria a coalizão de governo para fazer a reforma tributária, caso seja eleita, ou se ela não precisaria do Congresso. Heloísa Helena é a segunda convidada da série de entrevistas na sede do jornal "O Globo", no Rio, com os principais candidatos à Presidência da República. - Enquanto não puder modificar a Constituição tenho a obrigação de respeitá-la - disse a senadora .- Quero o Congresso funcionando como manda a Constituição. Mas acho que um Congresso é bandido quando o chefe do Executivo é bandido, um chefe que monta um balcão de negócios. Que Deus nos livre desse Congresso como está, mas se for esse, eu quero o Congresso esteja na oposição. Vou lá para debater, não preciso ficar viajando pelo mundo, porque outros já viajaram tudo o que tinham para viajar. A senadora disse querer "vivenciar a experiência de um Congresso independente". - A construção de um Orçamento não pode ser a prévia de um propinódromo, feito às escondidas. Eu vou lá para debater tudo (no Congresso). Por que um Orçamento não pode ser impositivo e tem de ser uma negociata de balcão? É uma experiência de governabilidade diferente. Porque ou é isso que temos aí ou então mudar e debater tudo às claras. Já na na abertura da sabatina a candidata criticou a decisão do presidente de não participar dos debates. Segundo ela, tal comportamento e sinônimo de "covardia e arrogância política". - Seria importante que todos os candidatos pudessem participar porque para mim não é cômodo atribuir responsabilidade e críticas sem a presença de todos eles. Espero que Lula compareça e não repita o comportamento que significa arrogância e covardia política - disse a candidata, que agradeceu o espaço para expor suas propostas, já que dispõe de pouco tempo no horário eleitoral. Heloísa lembrou sua origem humilde, mas afirmou não é do seu passado que mais se orgulha. E explicou: - O mais importante é mesmo tendo nascido em um lugar humilde, toquei nos tapete sagrados do poder e não me vendi, não me acovardei perante quem pensa que é dono dos corações e das mentes e dos destinos. O mundo da política e muito sedutor de enriquecer politicamente. A senadora disse estar muito feliz com o povo brasileiro. E afirmou que, embora haja muito desencanto no terreno político, estamos vivendo um momento de "recuperação da esperança"". - Quando uma esperança trai, a gente arruma outra - disse a senadora, citando trecho de uma música do compositor Ivan Lins. - Me sinto preparada para voltar a sala de aula na Universidade Federal de Alagoas e para ser presidente da República e ajudar o povo brasileiro a fazer uma pátria soberana. A candidata do PSOL voltou a agradecer pelo desempenho nas pesquisas de intenção de voto. O colunista Merval Pereira, do 'Globo', lembrou que o desempenho da senadora vem caindo e quis saber se ela atribui isso ao pouco tempo da TV ou ao fato de estar sendo menos agressiva do que costumava ser: - Eu vou especular, apenas. Eu sei trabalhar com pesquisas e amostragens. Como não tenho dinheiro para contratar uma pesquisa quantitativa qualitativa, eu não sei o que esta acontecendo. Eu só agradeço ao povo brasileiro o apoio. Ela negou que estivesse desanimada, como sugeriu Merval: - Se cada um dos meus eleitores arranjar dois votos eu vou encostar na majestade barbuda. Com um voto a mais de cada um, eu só chego no Alckmin. Eu queria ter a oportunidade de ver um país soberano, essa eleição deveria ter um cadáyer plebiscitário, mas vou continuar ensinando a criançada lá em casa que roubar é uma coisa ruim. Mas continuo firme e confiante. E não estou fazendo jogo de cena, não. Quero ter oportunidade de lutar pela Presidência da República. Pode ser que meu eleitorado seja mais emocional que os outros e expresse mais e me faça ter uma impressão errada do que mostram as pesquisas. O senador Cristovam Buarque, candidato do PDT a presidente da República, foi o primeiro a participar da sabatina do jornal. Nesta quarta-feira será a vez do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser sabatinado nesta quinta, mas ainda não confirmou presença.

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