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Política - Nacional

Grupo de trabalho pode propor desmilitarização do setor aéreo


Mônica Tavares - Agência O Globo BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Waldir Pires, voltou a afirmar que o grupo de trabalho interministerial criado para analisar os problemas do sistema aéreo brasileiro poderá sugerir a desmilitarização do setor. - Vamos estudar e propor mudanças. Isso significa dizer que podemos vir a ter instituições civis no controle da aviação comercial - afirmou o ministro após a primeira reunião do grupo. Pires admitiu essa possibilidade - sem usar a palavra "desmilitarização" -, mas ressalvou que o controle e a proteção do espaço aérea continuariam a ser feitos pelos militares. - Eu entendo que pode ser civil. O mundo entende isso. E a Aeronáutica não me pôs objeção nenhuma - está sentada à mesa com o grupo de estudos. O comando militar seria unicamente para a soberania do espaço aéreo brasileiro - disse. O ministro afirmou que isto acontece na maioria das nações do mundo, como em países da Europa, Estados Unidos, Ásia e Oceania. - O comando militar é só em uma coisa que nós não temos como abrir mão que é a soberania do espaço aéreo brasileiro - afirmou o ministro da Defesa. A desmilitarização é uma das principais reivindicações dos controladores de vôo, além de mais profissionais e do reajuste salarial. Essa negociação sobre os salários, no entanto, esbarra no fato de que o aumento concedido aos controladores teria de ser estendido a toda corporação. - Não temos controladores de sobra, não temos reserva de controladores. A angústia desta hora foi isto, não há alternativas, não posso chegar e dizer que pago qualquer preço para virem controladores de vôo, não existe isso. Esta angústia está sendo resolvida por uma participação ativa de todo o pessoal - disse Waldir Pires. O ministro apontou quatro medidas que estão sendo adotadas pelo governo para tentar reduzir os problemas. Ele disse que estão sendo realizadas 60 contratações de controladores de vôos e 18 requisições a outros setores. Citou ainda a abertura de concurso público e a formação mais ampla de profissionais nas escolas de Guaratinguetá e de São José dos Campos. Porém, o concurso público somente poderá ser realizado 60 dias após a eleição, conforme a legislação. Além do ministro Waldir Pires, fazem parte do grupo membros dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Aeronáutica, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, da Advocacia Geral da União, além de representantes dos sindicatos das empresas aéreas, e dos controladores de vôo. A próxima reunião do grupo será na próxima quarta-feira. Waldir Pires nega 'buraco negro' entre Brasília e Manaus O ministro da Defesa, Waldir Pires, negou que exista um "buraco negro" na comunicação entre os controles de vôo de Brasília e Manaus (AM). O ministro afirmou que tinha conhecimento das 19 tentativas que os pilotos do Legacy fizeram para contatar o controle de vôo, revelada no relatório preliminar da Comissão de Investigação da Aeronáutica sobre o acidente da Gol, e afirmou que a informação de que houve 24 minutos de demora para que os controladores tentassem fazer contato com o jato é uma apresentação preliminar. Segundo o ministro, o objetivo da Aeronáutica é conhecer as falhas para que possa reduzi-las ou suprimi-las. - As informações que eu tenho é que não há buraco negro. A informação que tenho é que os espaços se superpõem. O Cindacta de Manaus atravessa a sua área e o Cindacta de Brasília também atravessa a área de Manaus. Então não há propriamente buraco negro. Não há nenhum acidente a rigor de que as falhas não sejam decorrentes de uma, duas ou três causas, humanas ou de natureza técnica - afirmou o ministro. A Infraero mudou a metodologia de cálculo do atraso dos vôos. De acordo com a estatal, agora só serão considerados atrasos superiores a 45 minutos. Até então, todos os atrasos de mais de 15 minutos estavam sendo computados. A justificativa para a mudança seria a que atrasos inferiores a 45 minutos, "é a que melhor expressa os atrasos da aviação comercial, haja visto que atrasos de 15 a 30 minutos são considerados aceitáveis na rotina de vôos".

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