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Gilmar vê presos da Lava Jato como reféns em seu terror midiático


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247 -
Na mira da cúpula da Lava Jato por ter votado contrariamente à manutenção das alongadas prisões preventivas que se tornaram corriqueiras na operação, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes ressaltou a importância da força-tarefa, mas não poupou críticas ao que considera arbitrariedades. 

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, Gilmar afirmou que, para ter apoio da opinião pública, a Lava Jato faz de seus presos "reféns". 

"Como tem sido divulgado [por integrantes da Lava Jato], o sucesso da operação dependeria de um grande apoio da opinião pública. Tanto é assim que a toda hora seus agentes estão na mídia, especialmente nas redes sociais, pedindo apoio ao povo e coisas do tipo.

É uma tentativa de manter um apoio permanente [à Lava Jato]. E isso obviamente é reforçado com a existência, vamos chamar assim, entre aspas, de reféns.

[Os reféns seriam] os presos. Para que [os agentes] possam dizer: 'Olha, as medidas que tomamos estão sendo efetivas'. Não teria charme nenhum, nesse contexto, esperar pela condenação em segundo grau para o sujeito cumprir a pena.

Tudo isso faz parte também de um jogo retórico midiático", afirmou.

Fachin

Na entrevista, Gilmar criticou ainda o relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, que, diante das sucessivas derrotas na 2ª Turma, encaminhou o julgamento do pedido de habeas corpus de Antonio Palocci para o plenário da casa.

"Se eu fosse fazer um reparo, é de forma: a questão teria que ser conversada na turma. E evidentemente isso não pode virar uma prática, de toda vez que [um ministro] entender que possa ficar em desvantagem na turma, leve o tema ao plenário.

Se esse debate continuar, daqui a pouco vai ter gente dizendo em que turma quer ser julgado. Assim como se diz 'ah, a 2ª Turma é liberal', alguém poderá dizer 'a 1ª Turma é uma câmara de gás', disse.

Covardes

Gilmar Mendes disse que entende as polêmicas em que está envolvido e que não se abala por elas. 

"A tentativa de jogar a opinião pública contra juízes parece legítima no jogo democrático. Mas ela não é legítima quando é feita por agentes públicos. O que se quer no final? Cometer toda a sorte de abusos e não sofrer reparos.

Há uma frase de Rui Barbosa que ilustra tudo isso: o bom ladrão salvou-se mas não há salvação para o juiz covarde", completou.

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