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Fontes da Aeronáutica dizem que pode haver cinco sobreviventes do vôo 1907. Aeronáutica não confirma


Regina Alvarez - Martha Beck - Agência O Globo BRASÍLIA - Fontes do Ministério da Aeronáutica, do Esquadrão Pelicano, disseram que pode haver cinco sobreviventes do desastre com o avião da Gol. As informações, recebidas por rádio, dão conta de que há sobreviventes em mensagens enviadas pelas equipes de resgate que estão na fazenda Jarinã, perto de uma reserva indigena, na região de São José do Xingu. O Boeing se chocou na noite de sexta-feira com um jato Legacy, da Embraer, que seguia para os Estados Unidos. O local do acidente é de difícil acesso. O avião caiu a 200 km de Peixoto de Azevedo e a 50 km da sede da Fazenda Jarinã, no extremo norte do Mato Grosso. O avião caiu com 155 pessoas a bordo, dos quais 149 passageiros e seis tripulantes. Pouco antes, militares da Base Aérea de Cachimbo, no Mato Grosso, informaram extraoficialmente que as equipes de resgate já chegaram ao local do acidente com o vôo 1907 da Gol e que não havia sobreviventes. No entanto, a Aeronáutica não confirma ainda a informação. A área de floresta densa fica entre duas aldeias indígenas no Parque do Xingu, na divisa de Mato Grosso com o Pará. As equipes estão abrindo espaço no local para a chegada de caminhões frigoríficos que devem carregar os corpos para a Base. Pelo menos dois caminhões já teriam sido contratados para esse serviço na cidade de Matupá, no Mato Grosso. Mais cedo, em entrevista coletiva, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, informara que as investigações sobre as causas do acidente que provocaram a queda do Boeing 737-800 da Gol serão muito complexas e que ainda não é possível indicar se o que houve foi falha técnica ou falha humana. J.Carlos, como é conhecido, afirmou que existe até a possibilidade de perda de contato dos pilotos com a torre. Segundo J.Carlos, como é conhecido o brigadeiro, as informações iniciais coletadas pela equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) registram que os destroços do avião estavam concentrados. Isso significa que o avião caiu na vertical (de bico no chão). Ele explicou que a quantidade de energia que se gera com um impacto desta magnitude é muito grande e era pouco provável que haja sobreviventes numa situação dessas: - É muito difícil alguém sobreviver com um impacto como este. A equipe localizou visualmente, por volta das 9h, os destroços a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT), na divisa com o Pará, em uma área da Fazenda Jacinã dentro da Reserva Indígena do Xingu. Mais de 300 pessoas, entre militares e civis, participam da operação de localização e resgate. Segundo o brigadeiro, as principais dúvidas que surgem neste momento são o porquê de os dois aviões estarem mesmo nível (altura), quando deveria haver uma diferença de 300 metros entre eles, e como o choque pode ocorrer se os dois aviões são modernos e dispõem de equipamentos anticolisão. O brigadeiro explicou que esses equipamentos dão um aviso luminoso e sonoro, além de instruções aos pilotos quando há uma situação de risco iminente, como a aproximação de uma outra aeronave. Os questionamentos das autoridades da aviação civil devem-se a dois fatos. O primeiro é que as aeronaves deveriam estar a 37 mil pés uma e 36 mil pés outra. Devido à colisão, isso significa que essas posições não foram respeitadas. O segundo é que os dois aviões foram entregues aos seus donos nos últimos 20 dias, portanto são novos e os equipamentos anticolisão deveriam estar a pleno vapor. O Boeing foi entregue à Gol no dia 12 de setembro e tinha 200 horas de vôo apenas. Já o Legacy tinha 600. Perguntado sobre o motivo de o Legacy ter conseguido pousar, enquanto o Boeing caiu, J.Carlos explicou que esta questão depende de onde o avião é atingido. No caso da aeronave da Embraer, ela perdeu parte da asa e da cauda, mas com estas avarias um avião ainda consegue pousar. Já o avião da Gol pode ter sido atingido, por exemplo, na parte hidráulica, essencial a quase todos os comandos para decolagem, vôo e pouso. Segundo o brigadeiro, nas investigações, que devem durar pelo menos 3 meses, é preciso analisar aspectos como, por exemplo, se os motores dos aviões estavam funcionando ou parados no momento da colisão. Isso poderá indicar as condições do acidente. Do ponto de vista da apuração das causas, ajudará o fato de uma das aeronaves ter pousado, havendo testemunhas do choque. Apesar do acidente, J.Carlos fez questão de enfatizar que a aviação civil nacional é bastante segura: - O Brasil é conhecido por ser um país top de linha em segurança de vôo. Não há nenhum motivo para que a população tenha medo de viajar. Este caso foi uma raridade - afirmou o presidente da Infraero.

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