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Política - Nacional

Ex-presidente Fernando Henrique está por trás da rejeição da CPMF, afirma Tarso Genro


Danilo Macedo
Agência Brasil

Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje (14) que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está por trás das articulações para rejeitar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado. Segundo o ministro, a atitude do ex-presidente não foi boa para o país.

"É visível que por trás desse movimento tem a sombra do Fernando Henrique, que não admite que Lula é melhor presidente do que ele, que o governo do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] retirou o país da estagnação e é muito mais respeitado internacionalmente do que o governo dele", afirmou. Genro fez a declaração após solenidade de encerramento do curso de formação da Polícia Federal, em Brasília.

Sobre a nota divulgada ontem (13) por Fernando Henrique Cardoso, que pede a reconciliação entre governo e oposição para a votação da reforma tributária, deixando de lado as "picuinhas", Genro afirmou que o texto demonstra que o ex-presidente estava fazendo uma revanche.

Para o ministro, a suposta represália ocorreu porque Fernando Henrique estaria inconformado com a derrota do candidato do PSDB nas últimas eleições presidenciais, Geraldo Alckmin, e porque Lula, segundo Genro, tirou o país do "atoleiro" deixado pelo antecessor.

"Isso demonstra que o Fernando Henrique estava fazendo picuinha política, ou seja, não estava atento às necessidades do país e fez um movimento de oposição. Os partidos agiram legitimamente, o governo vai respeitar, mas essa atitude do Fernando Henrique demonstra que ele estava era fazendo uma revanche", declarou Genro.

Quanto ao chamado do ex-presidente Fernando Henrique para a retomada dos diálogos entre governo e oposição, Tarso Genro disse que Lula decidirá se é conveniente entrar nessa discussão.

Em relação aos recursos para o Ministério da Justiça em 2008, Genro disse esperar não haver cortes porque o orçamento da pasta é proporcionalmente pequeno em relação dos demais ministérios. Ele, no entanto, admitiu que algumas adaptações precisarão ser feitas.

"O presidente Lula orientou o ministro Paulo Bernardo que preserve o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e preserve as políticas sociais do governo. A nossa política de segurança pública está integrada às políticas sociais", argumentou Genro.

Os maiores prejudicados com a extinção da CPMF a partir de janeiro, segundo o ministro, serão a saúde pública e os investimentos. Apesar disso, Genro disse acreditar que a derrota do governo não interfere no desenvolvimento do país.

"A derrota da CPMF não causa nenhum terror no governo. Dá uma tremida no telhado, mas os alicerces do país são sólidos, fortes, profundos, enraizados na consciência popular e na consciência da cidadania brasileira", destacou. "Tenho certeza que o Brasil vai continuar a crescer e gerar renda. Não tem CPMF derrotada que vá impedir isso."
 

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