Quinta-feira, 29 de abril de 2010 - 07h49
Agência Brasil
Amanda Cieglinski*
Foz do Iguaçu (PR) - Duas escolas públicas, distantes milhares de quilômetros uma da outra, usaram estratégias bastante parecidas para melhorar a qualidade do ensino: mobilizaram os pais e a comunidade para que participassem da vida escolar dos alunos. As histórias da Escola Municipal Casa Meio Norte, de Teresina (PI), e do CEP n° 3 de Garupa (Província de Missiones), na Argentina, foram apresentadas ontem (28) durante um encontro internacional de comunicadores da América Latina, em Foz do Iguaçu (PR).
Os dois colégios se localizam em áreas pobres e periferias das cidades. No caso da escola argentina, a maior dificuldade era convencer os alunos a frequentar a escola. A região teve um crescimento populacional muito rápido e as sete escolas não foram suficientes para atender a toda a demanda. Pais e alunos tiveram que se unir para construir uma unidade. Hoje, já são 22 colégios.
"No começo, os alunos tinham que estudar em escolas distantes, mas não tinham dinheiro para a passagem, então não iam à escola. Quando conseguimos a escola na nossa comunidade, os jovens já tinham perdido o interesse pelos estudos. Achavam que a situação seria a mesma – se estudassem ou não”, contou a diretora Graciela Sommerfeld.
A escola criou diferentes oficinas – de teatro, patinação, atletismo, basquete – para que os alunos se sentissem “acolhidos”. “Isso tem muito a ver com o fato de tomar o aluno como um ser e não como um número. Isso gera um vínculo com o professor, com algum funcionário da escola, e faz com que sinta a necessidade de estar lá”, explicou Graciela.
Na Casa do Meio Norte, que se localiza na periferia de Teresina, os pais são chamados ao dever de assumir suas responsabilidades e cuidar da educação dos filhos. “Se uma mãe não matriculou o filho no início do ano, nós vamos à casa dela lembrá-la dessa obrigação. O mesmo acontece se um aluno falta, no mesmo dia vamos até a casa dele saber o que aconteceu”, exemplifica a diretora da escola, Ruthnéia Alves. “Somos conhecidas como as cangaceiras da educação. Um dia sem aula é um dia sem aprender”, afirmou.
Como o colégio se localiza em uma região muito pobre, a equipe da escola aposta no que chama da “pedagogia do amor”, para criar esse vínculo afetivo com os alunos. “A família quer ser incluída, mas é preciso apenas que a escola saiba dizer a ela que está aberta para a participação”, defendeu Ruthnéia.
Nas avaliações do Ministério da Educação, a escola piauíense, que atende 900 alunos, obteve resultados acima da média nacional. O foco do trabalho está na leitura.
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