Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010 - 17h28
Congresso aprova poderes totais para direção nacional definir coligações e intervir nos estados
Sem protestos nem polêmica, o plenário do 4º Congresso Nacional do PT deu nesta sexta-feira ao comando do partido poderes totais para em 2010 fechar as alianças eleitorais que quiser e para intervir em qualquer seção estadual que as contrariar. O objetivo foi não criar obstáculos para a construção da coligação em torno da pré-candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência. Por avassaladora maioria, a primeira plenária da reunião, comandada pelo novo presidente da legenda, José Eduardo Dutra, rejeitou todas as propostas de modificação nos textos apresentados pela Executiva Nacional e discutidos de manhã.
Diferentemente do tempo em que o partido era oposição, os grupos mais à esquerda não protestaram. Limitaram-se a fazer discursos de crítica, apoiados por alguns aplausos. O outro lado não reagiu nem quando foram lembrados pecados do governo e do PT.
Na sessão desta tarde, porém, foram aprovadas propostas mais à esquerda, mas que não interferiam na montagem da campanha de Dilma, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e apoio ao Programa Nacional de Direitos Humanos.
No debate da manhã, Markus Sokol, da tendência trotskista O Trabalho, defendeu uma resolução política que, ironicamente, pedia "um governo do PT", em aliança com os movimentos sociais. Também falava em nova Assembleia Nacional Constituinte, rechaçava a aliança com o PMDB e atacava o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, das Comunicações, Hélio Costa, e da Defesa, Nelson Jobim. "Não é por acaso que todos se juntaram à cúpula do clero e às redes de televisão para atacar o Programa de Direitos Humanos", disse. Mas a proposta de resolução da Executiva, propondo ampla aliança, foi aprovada.
Estados - Também fracassou a tentativa de grupos de esquerda de dar aos encontros estaduais do PT a última palavra para decidir as alianças regionais. O dirigente petista Renato Simões traçou um quadro de paralisia do PT em alguns Estados, devido à demora para decidir as coligações e à inação do partido para montar candidaturas próprias aos governos estaduais. "Todas as vezes em que alianças foram impostas nacionalmente, por mecanismos de coerção, os resultados foram danosos", disse.
A manutenção da proposta da Executiva, que dava à Executiva Nacional poder de decidir em última instância as alianças regionais - ou seja, o poder para intervir - foi defendida pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa, pelo deputado federal José Eduardo Cardozo (SP) e por Jilmar Tatto. A proposta da esquerda também perdeu por ampla maioria.
"O PT é um partido nacional, portanto, a sua linha deve ser decidida nacionalmente", explicou Cardozo em entrevista. "Temos de respeitar as peculiaridades regionais, mas haverá um esforço para construir a maior unidade possível. Foi derrotada a visão que pulverizava o PT, transformava o PT em ilhas regionais." Entre os Estados com problemas para fechar alianças regionais, estão Minas Gerais, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Fonte: Agência Estado
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