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Política - Nacional

Devido à proximidade com Dilma, Bulgária acompanha atenta eleições brasileiras


 
Renata Giraldi
Agência Brasil

Brasília – Sem vínculos diretos nem intensas relações políticas e econômicas com o Brasil, nos últimos dois anos, a Bulgária passou a se considerar nação irmã dos brasileiros. O elo é a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, filha do búlgaro Petar Rusev (que virou Rousseff no Brasil). Para os búlgaros, basta isso para ela ser considerada também búlgara. Pelo menos uma vez por semana um veículo da imprensa da Bulgária publica algo sobre a candidata.

O embaixador do Brasil na Bulgária, Paulo Wolowski, afirmou à Agência Brasil que perdeu as contas de quantos programas de televisão e rádio o convidaram para falar sobre o Brasil e Dilma Rousseff. “Todos têm uma curiosidade muito grande sobre tudo: o Brasil e a [ex-] ministra Dilma. Para os búlgaros, não há dúvidas de que ela é búlgara como um cidadão que vive no país”, disse o embaixador.

Wolowski afirmou que uma das características dos búlgaros é manter o vínculo com os descendentes, mesmo quando eles perdem o contato ou não falam a língua, como no caso de Dilma. O pai da ex-ministra deixou a Bulgária rumo à França e de lá veio para o Brasil. Petar Rusev nunca mais voltou para o país de origem.

Um dos veículos que mais frequentemente publicam reportagens sobre Dilma é a agência de notícias de Sófia (a capital da Bulgária), a Novinite, em inglês. Às vésperas do primeiro turno das eleições, em 3 de outubro, foram publicadas três matérias. Uma delas contou a história da vida de Dilma, a outra falou sobre o cenário político eleitoral no Brasil e na última há entrevista com o jornalista que descobriu as origens búlgaras da candidata.

As reportagens incluem ainda várias fotografias. Em uma delas, Dilma aparece em uma imagem de álbum de família – em que a candidata ainda criança está acompanhada pelos pais (Dilma e Petar), o irmão Igor e a irmã Zana (que já morreu). Na outra reportagem, a candidata está ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A menos de 20 dias do segundo turno das eleições, a pequena cidade de Gabrobo, de onde veio a família de Dilma, concentra-se no que ocorre no Brasil.

A curiosidade despertada pelo fato de ela concorrer à sucessão do presidente Lula transformou o jornalista búlgaro Momchil Indzhov em um especialista no assunto. Indzhov virou referência na Bulgária sobre temas relacionados à Dilma e ao Brasil. Ele fez três entrevistas com a ex-ministra e foi o primeiro a investigar as origens da família dela.

Do pai de Dilma, a família disse saber pouco, segundo as reportagens de Indzhov. Petar deixou a Bulgária por um misto de motivos - entre razões políticas e a busca por emprego. Nas oportunidades em que falou do pai, a candidata disse que se lembrava dele sempre com um livro nas mãos. Petar morreu quando Dilma tinha 15 anos.

Da família Rousseff na Bulgária, há integrantes ocupando cargos de destaque na vida política e cultural do país. A porta-voz da Comissão Eleitoral da Bulgária, Ralitsa Negetsoeva, é prima em segundo grau da candidata. Rayna Negentsoeva, uma das escritoras de histórias infantis mais respeitadas do país, é tia de Dilma. Petar Kornazhev, Um dos primos, foi deputado federal pelo Partido Social Democrata.

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