Quinta-feira, 28 de junho de 2012 - 00h17
O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados, afirmou que o depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni ontem, quarta-feira (27), evidenciou que a campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, foi financiada pelo crime organizado.
Cunha baseou sua acusação no fato de Bordoni ter admitido à comissão que recebeu pelo menos R$ 90 mil de duas empresas fantasmas do esquema de Cachoeira: R$ 45 mil da Alberto & Pantoja e outros R$ 45 mil da Adécio & Rafael Construção e Terraplanagem.
“Há elementos contundentes que a organização criminosa organizada por Cachoeira financiou a campanha eleitoral do governador Perillo”, afirmou Cunha.
Contrato informal
Bordoni foi contratado por Perillo, segundo o jornalista, de maneira informal, para atuar na campanha pelo governo do estado em 2010. Pelos serviços, o jornalista disse que receberia R$ 120 mil, além de um bônus de R$ 50 mil em caso de vitória.
Os pagamentos começaram a ser feitos antes mesmo da campanha, e a maior parte dos recursos foi depositada na conta da filha de Bordoni e não foi declarada ao Fisco.
Para reiterar suas acusações, o jornalista sugeriu aos parlamentares a realização de acareação entre ele, Marconi Perillo e alguns assessores flagrados nas escutas obtidas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.
A declaração foi motivada pelo anúncio do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que queria a acareação entre Bordoni e Cachoeira para apurar supostas inconsistências no depoimento do jornalista.
O jornalista respondeu que quer ser acareado com o contraventor, Perillo e os assessores Lúcio Fiúza Gouthier ["pagador das contas de Perillo", conforme definição de Bordoni], Jayme Rincón (presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras). A deputada Iris de Araújo (PMDB-GO), anunciou que vai apresentar requerimento nesse sentido.
A postura de Bordoni, acusado de “fazer ilações” e “tentar conduzir” as investigações da CPMI, segundo reclamação de deputados da oposição ao governo federal, irritou parte dos parlamentares, especialmente Carlos Sampaio (SP), Domingos Sávio (MG), e o senador Mário Couto (PA), todos do PSDB.
Durante a sessão, eles tentaram desqualificar o depoimento do jornalista, dizendo que ele é réu confesso de crimes fiscais e não teria condições morais para fazer acusações contra o governador de Goiás.
Essa estratégia do PSDB provocou um bate-boca entre Sampaio e o vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Este último indeferiu uma pergunta sobre um espancamento que Bordoni sofreu. Sampaio queria saber os motivos que levaram à agressão.
Bordoni alegou foro íntimo e pediu a Paulo Teixeira que fosse dispensado de responder à pergunta, o que foi acatado pelo presidente. Sampaio protestou dizendo que a atitude de Teixeira representava mais um ato do PT para direcionar a investigação.
Direcionamento
Essa suposta atitude já havia sido criticada por Sampaio em outras sessões da CPMI, quando, segundo ele, o relator Odair Cunha é agressivo ao ouvir o testemunho de pessoas ligadas ao PSDB enquanto evita a convocação de outras ligadas ao governo federal, como Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit, e Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções S.A.
Odair Cunha negou direcionamento e disse que as convocações de Pagot e Cavendish serão analisadas na próxima reunião administrativa da comissão, marcada para 5 de julho.
Em relação às acusações contra Bordoni, Cunha minimizou as críticas feitas pelos parlamentares do PSDB, dizendo que Perillo e Bordoni se relacionam há 14 anos, e, só agora, depois de o jornalista fazer acusações contra o governador goiano, é que ele teve sua integridade moral atacada.
Fonte: Agência Câmara
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