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Política - Nacional

Cotado para a Fazenda, Pimentel prega juro menor e meta social


Agência O Globo BELO HORIZONTE (Reuters) - O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, defendeu neste domingo a redução mais acelerada do juro e metas de desenvolvimento social como ingredientes para o país crescer mais, em discurso afinado com o de alguns representantes do governo. Coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Minas Gerais, Pimentel é um dos nomes citados como possível sucessor de Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda, embora negue as especulações. ``Para o Brasil crescer com maior rapidez, que é o que a população espera, vamos precisar agir com os instrumentos monetários e fiscais de forma diferente'', avaliou o prefeito, que acompanhou o voto do vice-presidente e companheiro de chapa de Lula, José Alencar. Segundo Pimentel, os juros terão que ceder com mais rapidez para auxiliar o aquecimento da economia, enquanto a política fiscal passaria a levar em consideração metas de desempenho de indicadores sociais, como nível de emprego e de renda da população de menor poder aquisitivo. ``O controle do gasto público passa agora pelo cumprimento da meta social, além da meta fiscal'', acrescentou. ``Temos compromissos com os 12 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família, que estão saindo da miséria, e não vamos abrir mão (disso).'' Pimentel citou que 2006 pode ser encerrado com inflação abaixo da banda mínima da meta, ``o que nos dá um espaço gigantesco para flexibilizar e crescer''. O BC persegue a meta inflacionária para o ano de 4,5 por cento, com flutuação de 2 pontos percentuais. O índice oficial de preços acumula em 12 meses até setembro taxa de 3,7 por cento. As posições de Pimentel foram endossadas por Alencar, um dos principais críticos da política monetária conduzida pelo Banco Central durante todo o governo Lula. Conforme o vice-presidente, apenas nos quatro anos do governo petista, os juros terão custado ao Tesouro Nacional cerca de 600 bilhões de reais. ``É preciso reduzir os juros e por uma razão muito simples: as taxas reais de outros países representam um sexto da nossa, de modo que, se cair pela metade, ainda teremos os maiores juros do mundo.'' O ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, também sinalizou ser favorável a mudanças na condução da política econômica. ``O objetivo é cumprir os compromissos assumidos, consolidar os acertos e avançar no desenvolvimento, que será a palavra-chave do próximo governo'', disse.

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