Chinaglia defende mudança na lei para punir vazamento de informações

Isabel Braga - Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou nesta quinta-feira o vazamento de informações da Operação Navalha da Polícia Federal. O deputado se solidarizou com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que, mais cedo, chegou a acusar a PF de "canalhice". O nome do ministro chegou a figurar entre os beneficiários do esquema. Mais tarde, revelou-se que se tratava de outro Gilmar Mendes. Chinaglia defendeu a criação de um projeto de lei que puna o vazamento de dados. - A Câmara deve ter a iniciativa de aprovar um projeto em que quem é responsável pela condução de um inquérito que corre em segredo em justiça deva responder caso haja vazamento. Se tem um inquérito inconcluso e há um vazamento, como o cidadão vai se defender? - questionou. O petista negou que o Congresso se sinta constrangido com a possibilidade - não confirmada - de que exista uma lista de parlamentares envolvidos no esquema desvendado pela PF. - A Câmara não está nem um pouco constrangida ou acuada. Estamos indignados quando as coisas são ditas pela metade, com insinuações e não são apresentadas provas contra quem quer que seja. O deputado comentou também o surgimento incorreto do nome de Gilmar Mendes na lista de beneficiários: - Quando o ministro Gilmar Mendes reage, merece nosso apoio. O nome do ministro fica circulando por dois ou mais dias, sendo que aqueles com péssima vontade o colocam sob suspeita, aí pelo terceiro dia surge um homônimo. Isso é irrecuperável - reclamou.

Quinta-feira, 25 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

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