Terça-feira, 23 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Aldo Rebelo e Chinaglia farão acordo em janeiro, diz Tarso Genro


Luiza Damé - Agência O Globo BRASÍLIA - Horas depois de o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ter decidido ir "até o fim" por sua reeleição, mesmo disputando contra o petista Arlindo Chinaglia (SP), o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que os dois candidatos da base governista vão fechar um acordo em janeiro. - O presidente Lula não vai pedir a nenhum dos deputados que abra mão de suas legítimas candidaturas, mas sabe que ambos têm responsabilidade, e os partidos também, e que vão chegar a um acordo nos próximos 15 ou 20 dias - disse Genro a jornalistas no Palácio do Planalto. Segundo Tarso, nesta questão, o governo vai funcionar apenas como um "aproximador", como um "mediador" do processo, na tentativa de que se cheguem, o quanto antes, a um ponto comum. - O governo não vai coordenar este processo. Nossa preocupação maior neste momento, é acompanhar o debate entre os partidos na Câmara, formatar um acordo dentro da base aliada e chegar ali pelo dia 20 quem sabe com um acordo entre o Aldo e o Arlindo. Isto é muito menos impossível do que vocês pensam - disse, aos jornalistas. Tarso disse ainda que Lula considera os dois nomes respeitáveis e garantiu que o presidente não vai fazer nenhum gesto para que um ou outro desista. Segundo ele, PT e PCdoB não vão insistir em levar a disputa para o voto. - PT e PCdoB não vão cometer o desatino de ter duas candidaturas - disse. Para o ministro, o apoio da oposição à reeleição de Rebelo é previsível e faz parte do jogo democrático, uma vez que o PT é o partido do presidente Lula e o candidato do PCdoB parece mais perturbador ao governo do que Chinaglia, que é líder do governo. Para o ministro, esse movimento da oposição visa a dividir os governistas. - Pode estar ocorrendo um movimento da oposição para tentar estabelecer uma contradição no seio do governo. O que é previsível na democracia. É uma jogada democrática e legítima - disse. - Se a oposição não tem força para apresentar candidato para disputar com o candidato das forças governistas, é natural que se escore no candidato que possa parecer perturbador para o governo, porque o PT é o partido do presidente, mas é um equívoco. Não retiramos um milímetro do prestígio que outorgamos ao deputado Aldo. Tarso disse que Rebelo e Chinaglia são nomes legítimos para presidir a Câmara e sinalizou que o preterido tem chance de virar ministro. Ao ser questionado especificamente sobre o caso de Aldo Rebelo sair da disputa, Tarso disse que tanto ele quanto Chinaglia têm estatura para o cargo de ministro. Tarso afirmou que "não há nenhuma discussão formal ainda sobre a questão relativa aos ministérios". - Não há avaliação de nomes ainda neste momento. Tarso reagiu às críticas do PFL à atuação do presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, acusado de promover uma "intervenção indevida" na disputa pela presidência da Câmara. Em carta ao presidente do PMDB, Michel Temer, o petista Garcia propôs um acordo para dar a presidência a Chinaglia em fevereiro e a um pemedebista em 2009. Segundo Tarso, a posição do PFL é equivocada, pois Marco Aurélio, como presidente do PT, tem o direito de opinar. - Essa é a função do presidente de um partido. Talvez o PFL tenha uma visão diferente. Como o PFL ficou viúvo com a aposentadoria do senador Jorge Bornhausen, talvez o Rodrigo Maia esteja assumindo essa liderança. O que é bom para o PFL, mas temos de ver se é bom para o país e para a Câmara - disse Maia havia afirmado que, por não ter cargo eletivo, Garcia "não entende nada de política e não tem sensibilidade para um assunto dessa importância". Durante almoço nesta quinta-feira, Aldo Rebelo recebeu o apoio do PFL e de representantes do PSB, PMDB, PTB e PCdoB. Segundo o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), Aldo traçou um plano para ter apoio da oposição e dos governadores e "impedir que o PT ganhe ainda mais poder". - É natural que a oposição faça um movimento para tentar estabelecer uma contradição no seio do governo, mas não vai conseguir - disse Genro sobre a aliança do PFL com Aldo Rebelo. Para o ministro, a aliança de Rebelo com o PFL não condena ao isolamento a candidatura de Chinaglia, que ainda não recebeu apoios fora da base governista. - O que os grandes partidos da coalizão, PMDB, PP e PL, têm afirmado é que desejam uma candidatura única da base - disse Genro, insistindo em que Rebelo e Chinaglia preenchem os requisitos para receber este apoio.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 23 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Na tarde dessa segunda-feira (06), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta, esteve r

Gente de Opinião Terça-feira, 23 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)