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Política - Nacional

Alckmin se irrita com pergunta sobre vestidos da mulher


Agência O Globo SÃO PAULO - O candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, parece ter sentido o golpe das últimas pesquisas, que dão uma vantagem de 20 pontos percentuais para o seu adversário, o presidente Luiz inácio Lula da Silva. Em entrevista à CBN, na manhã desta sexta-feira, o tucano não escondeu a irritação ao ser perguntado sobre a doação de 400 vestidos de luxo para sua esposa, Lu Alckmin: - Todos os argumentos dos petistas vieram aqui para este debate - disse Alckmin, antes de afirmar que não foram 400 vestidos e que as roupas dadas a ela foram doadas a uma entidade assistencial. Alckmin afirmou, após a entrevista, que não se sentiu acuado com o tom irônico adotado por Lula no debate realizado na noite anterior, no SBT: - Me senti totalmente à vontade. Gostei do debate. Acho que levei informação ao povo brasileiro. Acho que permiti uma comparação melhor, mostrar que tem diferenças. São duas visões opostas. O candidato do PSDB voltou a defender, durante a entrevista, as privatizações do governo Fernando Henrique, mas garantiu que não venderá empresas como Petrobras, Banco do Brasil e Correios. Segundo Alckmin, se houvesse algo de errado na venda da CSN, Embraer e Vale, o governo Lula reestatizaria as companhias. O tucano elogiou o desempenho do setor de telecomunicações e prometeu firmar Parcerias Público-Privadas. - Minha prioridade é trazer a iniciativa privada para ser parceira do governo na ampliação da infra-estrutura. O tucano também defendeu a concessão de estradas federais, modelo que descreveu como "mais justo". Alckmin criticou o atual governo no que se refere a segurança, afirmando que Lula "só fez cortar recursos" do setor. Ele garantiu que irá liberar recursos e que dará prioridade à polícia de fronteira no país, com maior controle da entrada de armas e drogas. Segundo Alckmin, no Estado de São Paulo não há ninguém do crime organizado fora da cadeia. Ele atribuiu os recentes ataques no estado aos criminosos que "testam o governo". O candidato disse também que as ações têm "interesse eleitoral". O candidato tucano disse ainda que vai reajustar a pensão e aposentadoria paga pelo INSS "o máximo possível", mesmo que seja em parcelas. Ele criticou Lula por vetar o reajuste de 16% a todos os aposentados e pensionistas. Em relação à Previdência pública, Alckmin defendeu a contribuição com fundos de pensão. De acordo com o tucano, algumas das soluções para o déficit previdenciário são a redução da informalidade, a geração de empregos e o combate a sonegação e fraudes.

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