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Política - Nacional

Alckmin insinua envolvimento de Lula com dossiê


Flávio Freire - Agência O Globo FLORIANÓPOLIS (SC) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, abriu neste sábado a última semana da eleição insinuando pela primeira vez o envolvimento direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu adversário pelo PT, no escândalo para a compra de um dossiê contra os tucanos. - Já estamos no 36º dia (desde a descoberta da operação) e não se explica a origem do dinheiro. São R$ 1,75 milhão em dólares e reais, provavelmente originários da corrupção envolvendo o presidente da República - disse Alckmin. Para o tucano, o ex-assessor de risco e mídia da campanha petista Jorge Lorenzetti, apontado pela Polícia Federal como o articulador do dossiê, seria apenas um bode expiatório. - Acho que é um absurdo não aparecer a verdade até as eleições. Na realidade, o Lorenzetti é um bode expiatório, isso tudo é muito mais amplo, muito mais grave - disse ele, antes de um evento com militantes em Florianópolis (SC). Alckmin disse ainda que o presidente age em meio ao episódio do dossiê "sacrificando amigos para livrar a própria pele". Ele acusa o presidente de utilizar essa "tática" desde os primeiros escândalos, sugerindo também que Lula não poupou ex-colegas de partidos para evitar que as denúncias de corrupção riscasse sua imagem. - O Lula sempre sacrifica os amigos para salvar a própria pele. Isso aconteceu em todos os escândalos. Acho que há um desmando no governo, onde os fins justificam os meios. O presidente sempre posa de santinho. Os amigos (dele) é que são os mauzinhos. Ao chegar a Florianópolis, acompanhado do governador reeleito de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, e do candidato à reeleição em Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), Alckmin foi recepcionado com um protesto inusitado. Cerca de 20 representantes da Juventude Tucana o aguardavam segurando chuveiros da marca Lorenzetti, numa alusão ao sobrenome do assessor de risco da campanha do PT. Aécio também engrossou as críticas ao governo federal: - Não podemos continuar assistindo no país todo esse desmando, irresponsabilidade e corrupção - disse o governador mineiro, que adiantou que estará presente em muitos eventos ao lado de Alckmin nesta próxima semana. Ele acompanharia o candidato à noite a Porto Alegre (RS) e disse que estaria também na platéia do debate de amanhã, na TV Record. Mais cedo, em Joinville, Alckmin classificou a demora para descobrir a origem do dinheiro para compra do dossiê como um "deboche" do governo. Alckmin ainda sugeriu que o ex-ministro José Dirceu mantém ingerência sobre o governo e que o secretário particular do presidente, Gilberto Carvalho, mostrou que sabia do envolvimento de pessoas do PT no esquema quando telefonou para obter informações sobre a prisão do petista Gedimar Passos a Jorge Lorenzetti, antes mesmo de o nome de Lorenzetti ser envolvido no caso. - É claro que todos eles sabem a origem do dinheiro e que talvez seja pior falar a verdade do que esconder. Estão debochando do povo brasileiro, é evidente. Agora cabe à Polícia apresentar isso rapidamente à sociedade - disse Alckmin, antes de uma carreata que reuniu cerca de 50 carros pelas ruas da cidade. Alckmin acusou o governo de ser conivente com o esquema, o que, na sua opinião, explicaria o fato de a investigação se arrastar por mais de um mês. - É muita mentira, omissão e conivência do governo com casos graves. Sobre a informação de que José Dirceu telefonou para Lorenzetti durante as investigações da PF, o tucano sugeriu que, mesmo fora do governo, o ex-ministro da Casa Civil continua com influência na gestão Lula. Para Alckmin, "quem mandava" no governo era Dirceu, daí a tese de que ele não teria ficado de fora das negociações para a compra do dossiê. - Não sou especialista no governo, mas é óbvio que quem mandava no governo, era o ministro forte. Ainda em Joinville, Alckmin disse que não comentaria reportagem publicada neste final de semana pela revista "Veja" de que o filho do presidente, Fábio Luiz da Silva, agiria como uma espécie de lobista infiltrado no governo para beneficiar empresas privadas. - Não li a reportagem, não tenho o que comentar.

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