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MP prende mega-empresário por estelionato e denuncia ex-deputado



O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco) prendeu nesta quarta-feira o mega-empresário Júlio Uemura, responsável por quase todo abastecimento de produtos hortifrutigranjeiros em Mato Grosso. Com ele, outras sete pessoas tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz José Arimatéia, da 15ª Vara, que atua em processos envolvendo o crime organizado. Entre os presos, dois policiais responsáveis pela manutenção do esquema montado por Uemura. O ex-deputado estadual Walter Rabelo, atualmente apresentador de programa de televisão, também foi denunciado por tráfico de influência. 
     
As investigações das operações de Júlio Uemura em Mato Grosso já vinham desde 2007. Segundo a denúncia, ele vinha se utilizando de várias empresas “fantasmas” instaladas em estados de larga produção de hortifruti, tais como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Essas empresas, de acordo com o esquema, abasteciam a empresa de Uemura, cuja central é instalada em galpões no bairro do Porto, em Cuiabá. Dali, a mercadoria é despachada em linhas para várias regiões do Estado. 
     
“Ele não era apenas receptador. As investigações mostraram que Júlio Uemura era responsável por operar todo o esquema” – informou uma fonte do Gaeco, sem saber precisar, por enquanto, o montante de impostos desviados pelo esquema. Outros empresários que atuavam no ramo, junto com Uemura, também tiveram prisão preventiva decretada a pedido do Ministério Público Estadual. 
      
Além de estelionato e sonegação de impostos, Júlio Uemura foi investigado em esquema de extorsão. O empresário, de acordo com fontes do Gaeco, mantinha um forte braço armado, que atuava em duas frentes: a primeira delas, evitar que outros empresários do segmento de hortifrutigranjeiros pudesse explorar o negócio em Cuiabá. “Ele dominava tudo” – disse. De outro lado, faziam uma espécie de ação de “máfia da cobrança”, tirando a força dinheiro dos credores de Uemura. No processo, várias pessoas admitiram ter sofrido duras ameaças caso não pagasse suas respectivas dívidas. O braço armado era operado pelo policial Francisco Lourenço, o “Chicão”. 
      
Os dois policiais foram recolhidos à Corregedoria da Polícia Judiciária de Mato Grosso. Uemura e outros cinco envolvidos – cujos nomes ainda não foram revelados – foram levados para a Delegacia de Polícia do Interior (Polinter), onde aguardarão por deliberações judiciais. Além das prisões, o magistrado Arimatéia ainda decretou busca e apreensão de documentos e equipamentos na empresa de Uemura. 
      
Todos estão denunciados na Justiça Criminal. Inclusive o ex-deputado Walter Rabelo, cassado por infidelidade partidária e que recentemente retomou a condição de apresentador de programa de televisão em Cuiabá. Rabelo, segundo essa fonte do Gaeco, é acusado de promover tráfico de influência para beneficiar os negócios de Uemura.

Fonte: Edilson Almeida/24 Horas News

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