Quinta-feira, 10 de julho de 2025 - 16h09
O Ministério
Público Federal (MPF) recomendou à Polícia Federal, à Receita Federal e à
Marinha do Brasil a adoção de providências para reestruturar o Porto Fluvial de
Guajará-Mirim, em Rondônia, após constatar falhas na fiscalização da entrada e
saída de cargas, passageiros e embarcações na região de fronteira com a
Bolívia. Segundo o MPF, a omissão do poder público tem facilitado o contrabando
de mercúrio metálico, substância tóxica amplamente utilizada em garimpos
ilegais de ouro na Amazônia Ocidental.
A recomendação
foi expedida após inspeção técnica realizada pelo MPF no local, como parte de
um inquérito civil instaurado pelo órgão para apurar a adequação da estrutura
do porto para a identificação e a repressão ao contrabando de mercúrio
metálico.
O
relatório da vistoria apontou que o terminal de cargas opera de forma precária,
com equipamentos desativados, falhas estruturais e ausência de fiscalização
eficaz, mesmo com o intenso fluxo diário estimado de 700 pessoas e 90
embarcações.
O
documento também descreveu a ausência de controle migratório, aduaneiro ou
policial minimamente eficaz. Equipamentos como máquina de raio-x e detectores
de metal estão inoperantes; a presença de agentes públicos é insuficiente; e há
diversos acessos clandestinos, usados livremente por pessoas e cargas sem
qualquer tipo de inspeção oficial.
Além
disso, verificou-se que embarques e desembarques também ocorrem por caminhos
alternativos, a poucos metros do porto oficial, com uso de passagens abertas em
cercas e muros, expondo falhas graves no controle fronteiriço.
Medidas
recomendadas –
Com base no relatório, o MPF recomendou, entre outras medidas, a lotação
permanente de agentes da Polícia Federal no porto, o fechamento dos acessos
clandestinos, o reparo ou a substituição dos equipamentos de inspeção e a
elaboração de um cronograma de atividades fiscalizatórias. Os órgãos têm prazo
de 90 dias para implementar as ações e de 30 dias para informar se acolherão a
recomendação. O descumprimento poderá resultar em uma ação civil pública.
“A
falta de fiscalização no Porto de Guajará-Mirim vai muito além do contrabando
de mercúrio e dos crimes ambientais: ela abre caminho para uma série de crimes
transfronteiriços, como o tráfico de drogas, de armas, de pessoas e a evasão de
divisas. É um ponto cego do Estado brasileiro em plena fronteira internacional,
que compromete a soberania nacional, a segurança pública e a proteção da
Amazônia”, destacou o procurador da República responsável pelo caso, André Luiz
Porreca Ferreira Cunha.
A
atuação integra as medidas do 2º Ofício da Amazônia Ocidental, responsável por
temas ligados ao combate à mineração ilegal e crimes conexos, nos estados do
Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima.
O Ministério Público de Rondônia (MPRO) e o Ministério Público Federal (MPF) obtiveram decisão judicial que obriga a concessionária Santo Antônio En
Em uma importante agenda de alinhamento estratégico, a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a
O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do promotor de Justiça Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues, obteve no dia 1º de abril de 2025,
Justiça de Rondônia nega reintegração de posse em área de 25 mil hectares em Candeias do Jamari (RO)
Seguindo entendimento do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia negou a reintegração de posse de uma área de