Quarta-feira, 12 de agosto de 2020 - 19h00
Vamos deixar de lado as
formalidades para que sejamos otimistas na medida certa: se há hoje um
sentimento que une as gerações jovens àquelas mais experientes da advocacia em
Rondônia, este é sem dúvida o da preocupação com o futuro da nossa profissão e
os rumos do mercado de trabalho. Ambos se descortinam em incertezas e por isso
quero compartilhar com vocês mais do que uma mensagem de celebração para marcar
o Dia Nacional da Advocacia, o nosso 11 de agosto.
Devemos celebrar
sempre, mas refletir e agir são fundamentais neste momento para que possamos
manter acesas as perspectivas positivas no horizonte. Em poucos períodos da
nossa história foi tão importante defender a advocacia quanto agora.
Enfrentamos graves problemas estruturais em pelo menos três dimensões
importantes: na formação de novos profissionais, que precariza o mercado em
relação à qualidade e à quantidade; na atualização tecnológica, para a qual
ainda não nos preparamos devidamente; e no exercício da profissão, cujas
prerrogativas legais têm sido frequentemente atacadas.
Devemos avançar no
aperfeiçoamento dos mecanismos de estímulo a uma formação de maior qualidade da
jovem advocacia, para evitarmos os excessos da concorrência predatória, e
sobretudo para prepará-la a lidar com os clientes. A gente é treinado para
entender o Direito, conhecer os processos e as regras, mas não nos ensinam a
cuidar do cliente e suas angústias sobre a Justiça, a compreendê-lo e colocá-lo
no centro das nossas atividades.
De algum modo,
precisamos nos reinventar permanentemente. Porque inovar não é algo relativo
apenas a equipamentos e programas. Tecnologia é instrumento, é meio. O que vai
nos manter imprescindíveis não será mais a informação sobre o direito, mas o
tempo e o modo como lidamos com os clientes e a solução de suas causas. É o
olhar ao redor, ver as injustiças, definir contra quais delas vamos atuar e a
serviço de que segmento da comunidade.
Ao mesmo tempo, como
diria o poeta, precisamos estar atentos e fortes, porque há agentes públicos –
minoritários, é importante que se diga – que percebem o exercício da advocacia
como um obstáculo à realização de seus papeis. Daí a multiplicação de casos de
abusos policiais contra advogados e advogadas, de membros de poderes que
estimulam uma falsa visão das prerrogativas como sendo privilégio de uma
categoria e não instrumento fundamental da Justiça e da cidadania.
Em razão disso tudo,
cabe a nós reagir com firmeza, promover uma reflexão profunda e apontar novos
caminhos que nos permitam a adequada atualização e o fortalecimento da
advocacia. Temos discutido esses temas na OABRO, mas espero que possamos
ampliar ainda mais os debates por meio de reuniões presenciais ou virtuais,
pelas redes sociais e números de whatsapp. Porque uma outra certeza eu tenho:
devemos caminhar unidos.
Viva a advocacia!
Márcio
Nogueira*
Secretário-geral
da OABRO
Presidente
da Comissão de Defesa de Prerrogativas da Advocacia
Conselho Seccional decide por exclusão de advogado condenado por estupro de vulnerável
Na última sessão do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB RO), foi confirmado o afastamento de um advogado d
Advogada Fundadora da OAB Rondônia é homenageada na galeria “A Primeira Mulher de Rondônia” do TJRO
A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia, Vanessa Esber, marcou presença na cerimônia de inauguração da Galeria “A Pr
OAB Rondônia cria força-tarefa para combater golpe do falso advogado
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB RO) intensificou suas ações contra o golpe do falso advogado, uma fraude que tem vitimado
A advogada Valentina Franco conquistou um marco histórico na advocacia rondoniense ao se tornar a primeira mulher trans do estado a ter seu nome in