Sábado, 15 de março de 2008 - 19h28
Vladimir Platonow
Agência Brasil
Tabatinga (AM) - A descoberta de plantações de coca e de um laboratório de cocaína na Amazônia, junto à fronteira do Brasil com o Peru, foi possível graças a imagens de satélite e surpreendeu as forças de segurança da região. A área fica a cerca de 150 quilômetros ao sul de Tabatinga (AM) e consiste em quatro clareiras abertas na mata, onde a planta era cultivada e refinada.
A operação deflagrada ontem (14) contou com homens do 8o Batalhão de Infantaria de Selva do Exército (8o BIS) e agentes da Polícia Civil do Amazonas, que utilizaram três helicópteros e pequenas embarcações para chegar ao local, próximo à margem do rio Javari.
A ação foi cercada de sigilo e a notícia só foi divulgada hoje (15) pelo Exército, que levou equipes de reportagem para conhecer o local, a bordo de dois helicópteros, em uma viagem de 50 minutos a partir de Tabatinga.
Os pés de coca estavam praticamente em ponto de colheita. Em uma cabana, foi achado material utilizado no refino da droga. Ninguém foi preso, mas as investigações prosseguem e os policiais e militares vão permanecer na região para tentar identificar os responsáveis e descobrir se há outros locais próximos servindo para o cultivo de coca.
Duas barcaças do Exército, adaptadas para servir como base flutuante, foram colocadas no rio Javari, para fiscalizar os barcos que passam por ali.
De acordo com o comandante do 8o BIS, tenente-coronel Antônio Elcio Franco Filho, é a primeira vez que a coca é achada no país, pois trata-se de uma planta de clima montanhoso. Ele explica que outra planta utilizada para fazer cocaína, o epadu, é mais comum na região amazônica, mas tem menor poder de produção de droga.
Nós acreditamos que seja um transgênico ou uma adaptação de uma planta que é dos altiplanos andinos para a planície, disse o militar. No laboratório, foram encontrados galões de ácido sulfúrico, sacos de cimento, cal e amônia. Dali, sairia a pasta base da cocaína, que é contrabandeada pelos rios da região até cidades maiores, como Manaus, de onde segue para o resto do país ou exterior.
Segundo o tenente-coronel Elcio, nos últimos dois anos, seu batalhão foi responsável pela apreensão de 472 quilos de pasta base, que rende quase 10 vezes mais volume quando é reprocessada.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Vinícius Diniz, a descoberta demonstra que as forças de segurança brasileiras estão atentas aos movimentos dos traficantes de outros países.
Eles tentam criar coisas diferentes, mas a integração das forças tem um resultado positivo. Nós estamos conseguindo mostrar para eles que a nossa região é protegida e, com a união das inteligências [do Exército e da Polícia Civil], nós chegamos ao êxito desta operação, disse Diniz.
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