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Governo decide formar força-tarefa para conter assassinatos na Amazônia



Luciana Lima
Agência Brasil


Brasília – O governo vai mobilizar as polícias Federal e Rodoviária, a Força Nacional e as Forças Armadas para conter a violência que atinge lideranças extrativistas na Região Norte, especialmente no Pará. Hoje (2), a presidenta Dilma Rousseff reuniu seus auxiliares, no Palácio do Planalto, quando decidiu mandar para região uma força-tarefa.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que participou da reunião, disse que as ações começarão na próxima semana e terá uma articulação com os governos locais, com o Poder Judiciário e o Ministério Público. O objetivo, de acordo com o ministro, é dar “punição exemplar” aos autores dos homicídios.

"Vamos lançar em comum acordo, o governo federal e os governos dos estados, a Operação da Defesa da Vida, que envolve dois tipos de ações. O primeiro é uma ação policial propriamente dita, que vai envolver a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as Forças Armadas, que entrarão, a partir de uma solicitação dos governadores, em uma ação importante e significativa, com o objetivo claro de permitir que não ocorram novos homicídios, mas também de fazer a apuração imediata daquilo que está verificado", disse.

Cardozo afirmou ainda que conversou pessoalmente com o presidente do CNJ [Conselho Nacional de Justiça], ministro Cezar Peluso, e do CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público], Roberto Gurgel, para articular a ação.

"Há uma solidariedade nesse momento não só do governo federal, do poder Executivo, mas também do CNJ como também do CNMP. Este é um momento diferente. Não se trata apenas de uma ação do governo federal, se trata de uma ação do governo com governos estaduais em conjunto com poder judiciário e com próprio Ministério Público", disse.

Além de Dilma e de Cardozo, participaram da reunião os ministros da Defesa, Nelson Jobim, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Também estiveram presentes dos governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Omar Aziz, e de Rondônia, Confúcio Moura.

O ministro da Justiça informou que a reunião já havia sido convocada pela presidenta, mas a notícia de mais um assassinato hoje, em um assentamento em Eldorado de Carajás, no Pará, assustou o governo. "Tivemos uma avaliação comum da gravidade da situação que se caracteriza pela ocorrência de homicídios na região Norte do País e a necessidade de tomarmos medidas imediatas com ampla integração entre os governos estaduais e o governo federal", disse.

No último dia 24 de maio, o casal de ativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foi morto a tiros em Nova Ipixuna, no Pará. Três dias depois foi assassinado o líder rural Adelino Ramos, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia. Adelino integrava o Movimento Camponês Corumbiara e tinha denunciado a retirada ilegal de madeira na região.


 

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