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Polícia

Cai índice de mortos no trânsito


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A fiscalização foi reforçada para
contem a violência no trânsito

A intensificação da fiscalização fez reduzir o número de mortes no trânsito nos últimos dois anos. Ao mesmo tempo, aumentaram em 327,67% os registro de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito – Detran. A maioria dos acidentes ainda ocorre em locais sinalizados. Entre os que se envolvem em ocorrências graves, prevalece o motorista com formação superior e que abusa da velocidade.

O descontrole nas ruas fez de Porto Velho a cidade mais violenta do país. Atualmente, segundo o Sistema Único de Saúde-SUS, Rondônia é o segundo estado com redução de mortes por acidentes de trânsito.

Os resultados são comemorados pelo Detran e Companhia Independente de Trânsito – Ciatran, que são responsávies por fiscalizar o trânsito urbano em todo o estado. A redução no índice de ocorrências também tem reflexos positivos na área de saúde, pois há menos pacientes sendo internados com ferimentos causados por acidentes de trânsito.

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Major Lisboa: tratamento igual
para todos nas abordagens

As abordagens feitas nas operações Lei Seca e Cavalo de Aço têm como dar tratamento igual todos os motoristas. “Ninguém pode ser beneficiado”, destaca o major PM Cristiano Lisboa, comandante da Ciatran.

Entre os que cometem infrações, é comum flagrar motoristas de alto poder aquisitivo e instrução privilegiada envolvidos em alguma infração às leis do trânsito. “Os demais representam apenas 10% das pessoas presas”, diz o major Lisboa, que aponta outro problema, que é a incidência de adolescentes que consomem álcool cada vez mais cedo.
 

MOTORISTAS

O motorista que se envolve em acidente de trânsito greve nos dias normais, segundo o comandante do policiamento de trânsito é, na maioria dos casos, jovem, em trânsito para o trabalho ou voltando para casa. Segundo Lisboa, é o condutor que está atrasado e tenta compensar com o excesso de velocidade. “Nestas circunstâncias, ele assume um risco desnecessário”.

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Lisboa diz que muitos acidentes
acontecem em locais sinalizados

Os acidentes acontecem, na maioria das vezes, em locais onde há sinalização e nos cruzamentos. O comandante da Ciatran diz que isto é reflexo da falta de respeito às regras de trânsito. Ele sugere que sejam instalados mais redutores de velocidade na capital e lembra que não há nenhuma via que justifique trafegar a mais 60 quilômetros por hora em Porto Velho.
 

CULTURA DA TRANSGRESSÃO

Para agravar este quadro contribui o fato de que as casas de shows não estimulam o “motorista da rodada”, que é escolhido para não beber e que transporta os amigos de volta para casa. A tendência dos empresários do setor é que oferecem bebida grátis até determinado horário. Parte deles se revolta com a fiscalização e diz que a polícia quer prejudicar o negócio.

Outra preocupação de Lisboa é com faculdades que promovem festas com estímulo ao consumo de álcool. Ele considera que estes eventos estimulam a cultura da transgressão, uma vez que não estabelece mecanismos para evitar que os estudantes retornem embriagados para suas casas. “O que podemos esperar disto tudo?”, questiona.
 

PENAS

O efeito pedagógico das penas aplicadas aos que cometem crimes de trânsito não é assunto pacificado. Lisboa considera a legislação

eficaz quando autoriza a retenção do carro envolvido na infração e tira do motorista o direito de dirigir por algum tempo. “É como se tomasse a arma que ele tem. Mas falha quando pune quem, sob efeito de bebida alcoólica, se envolve em acidente grave”, avalia.

O desrespeito à legislação do trânsito, segundo o comandante da companhia, é um problema amplo. Atualmente, segundo ele, 40% da frota está irregular, o que faz com que qualquer fiscalização resulte na apreensão de veículos.
 

FORMAÇÃO

Parte do problema causado pelos maus motoristas pode estar na formação. Segundo o major Lisboa, as grades curriculares têm como meta fazer com que o aluno obtenha o direito de conduzir um veículo, em detrimento da preparação para dirigir com segurança e responsabilidade.  O Denatran e Conselho Nacional de Trânsito debatem uma forma de alterar a grade curricular, mas ainda não há consenso sobre o tema.

As abordagens têm horário definido para acontecer, mas policiais já identificaram e fotografaram locais onde os motoristas aguardam a desmobilização das barreiras para retomarem a direção dos veículos. “Estamos programando para ficar estender a fiscalização por mais tempo”, anuncia o major Lisboa.

MULTAS

O Detran de Rondônia ainda não tem contabilizados os valores das multas aplicadas em 2014, mas informa que em 2013 foram arrecadados R$ 13.713.696,91, já descontado os 5% que são destinados ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito – Funset.

Ao órgão compete fiscalizar o trânsito urbano. A participação da Polícia Militar neta atividade é resultado de convênio firmado entre a autarquia e a Secretaria de Estado da Segurança e Cidadania – Sesdec.

Na Operação Lei Seca, são os servidores do órgão são responsáveis por levar para o local da abordagem material que será usado na atividade como

mesas, cadeiras e formulários. Eles também são responsáveis pela elaboração dos formulários estatísticos, preenchimento de documentos d infrações de trânsito, aplicação do teste de etilômetro (bafômetro) e elaborar o relatório geral da blitz.

Segundo o diretor executivo de Operações, Hugo Correia, uma vez abordado, o condutor está sujeito à verificação da situação dos documentos pessoais e do veículo. Ele esclarece que o Detran dispõe de pessoal que pode explicar com clareza todos os detalhes da Lei Seca e que este serviço já foi oferecido a estabelecimentos de ensino, incluindo faculdades, mas nenhum demonstrou interesse. Correia planeja expandir para os demais municípios as atividades de fiscalização, especialmente a Operação Lei Seca.
 

Lei Seca

Por iniciativa do Governo Federal, a Lei Seca ficou mais rígida em dezembro de 2012, quando foi autorizado o uso de testemunhos, exames clínicos, imagens e vídeos como prova de que o motorista dirigiu alcoolizado. Se for descoberto flagrado cometendo este crime, o motorista tem a CNH recolhida e o veículo apreendido. A multa é de R$ 1,9 mil e o motorista perde o direito de dirigir por um ano.

A Operação Cavalo de Aço tem foco voltado para os condutores inabilitados em motocicletas, veículos roubados e furtados, além manter vigilância nos pontos de maiores incidências de acidentes.


Fonte
Decom - Governo de Rondônia

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