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ASSOCIAÇÃO FOI RESPONSÁVEL POR CRIMES OCORRIDOS NA SEDUC


ASSOCIAÇÃO FOI RESPONSÁVEL POR CRIMES OCORRIDOS NA SEDUC - Gente de Opinião

PRETÉRITOS IMPERFEITOS

De acordo com informações de um ex-funcionário da Secretaria Estadual de Educação de Rondônia, em “off”, existem vários processos de desvios de materiais dos almoxarifados da SEDUC tramitando na SEAD, muitos da gestão governamental passada. Assim, as instaurações de tais procedimentos administrativos demonstram que os desvios (crimes de furtos e peculatos) vinham sendo continuamente cometidos contra o erário público.

A situação teria se agravado nos últimos três anos, com o aumento exponencial dos desvios de bens materiais públicos, haja vista a participação e permissividade do então Diretor de Patrimônio e Almoxarifados e dos Chefes que aceitavam, concordavam, permitiam ações, práticas erradas e ilegais em contraste com as normas justas da moral e dos bons costumes.

Na justiça tramitam processo, apensos e recursos que comprovam os desvios de materiais no ano de 2010, como por exemplo, a Ação de Improbidade Administrativa levada a efeito pelo Ministério Público:
 

·      Processo Nº 0023096-09.2010.8.22.0001;

·      Apensos 0120100232719/00120130081301/00120130081301/0012100232719;

·      Recursos0000462-85.2011.822.0000/0000355-70.2013.822.0000.

COMISSÃO DE RECEBIMENTOS DE MATERIAIS

Uma comissão de recebimento de materiais foi criada através da Portaria Nº 0421/11-GAB/SEDUC, designada pelo Secretário da SEDUC, no dia 21 de fevereiro de 2011. Esta comissão, formada por funcionários públicos da SEDUC, tinha como função auferir e conferir todos os bens materiais públicos que entravam nos almoxarifados (central e outros dois situados na Av. Rio de Janeiro, proximidades da OAB e na Av. Imigrantes, próximo ao Play Gol).

A presidente da citada comissão e os seus membros eram os responsáveis pelo recebimento de todos os bens adquiridos pela SEDUC. Obviamente que o Diretor de Patrimônio e Almoxarifados, por ser o gestor maior no nível hierárquico, detinha uma responsabilidade primaz relativa a todos os equipamentos e bens materiais públicos armazenados e estocados, bem como, em relação aos trabalhos desenvolvidos pelos próprios funcionários ali lotados, afinal de contas, pelo exercício desta função ele recebia um generoso CDS, assim como cada um dos componentes da comissão destacada e os Chefes da Administração e do Pátio. 

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FUNCIONAMENTO DOS ESQUEMAS DE DESVIOS DE MATERIAIS

Os esquemas de desvios de materiais possuíam três grupos distribuídos na cidade de Porto Velho, em conformidade com as áreas de concentração e comunicação entre os seus integrantes, especificamente nas zonas Norte, Leste e Sul, onde residem ou residiam funcionários, vigilantes, receptadores. Tais esquemas também possuíam uma divisão e hierarquização, de acordo com o volume de objetos e valores desviados, a saber:

§     Diretores, chefes, funcionários do administrativo e empresas: desviavam materiais, muitos dos quais nem chegavam aos depósitos da SEDUC. Quando os materiais eram entregues, não raras vezes, ficavam durante meses nos depósitos sem que fossem colocadas as plaquetas de tombamentos, como ocorreu com os televisores que foram furtados e à época a SEDUC ainda não tinha feito o pagamento à empresa vendedora localizada no Sul do país;

§     Motoristas e alguns funcionários: desviavam mercadorias à noite e até de dia, quando os caminhões estavam fora dos depósitos;

§     Vigilantes: receberam do Diretor de Patrimônio e Almoxarifados as chaves das portas de todas as dependências dos depósitos de materiais, com a desculpa de que se evitaria um possível incêndio. Alguns dos vigilantes que tiravam serviços nos almoxarifados respondem crimes de furtos em escolas e, estranhamente, tiveram suas armas “roubadas” durante os serviços;

§     Ex-presidiários: foram pegos com a boca na botija, isto é, com uma televisão furtada do almoxarifado. Esses indivíduos juntamente com outros participantes, em geral traficantes, usuários de drogas ilícitas e ladrões, compraram o televisor de um funcionário da SEDUC ou de um vigilante, praticando desta forma o crime de receptação. 

Desvios e furtos de cento e setenta e sete aparelhos de ares condicionados, duzentas televisões, quarenta e seis notebooks, três centrais de ar de trinta e seis mil BTU. Adicione-se ainda, centenas de outros objetos (pneus, câmeras fotográficas, impressoras, colchões, ventiladores, roçadeiras, instrumentos musicais, aparelhos de consultórios odontológicos, panelas, etc.,...) que também foram desviados ou furtados antes, durante e depois da entrega nos depósitos da Secretaria Estadual de Educação de Rondônia.

Alguns funcionários já começaram a falar, ainda que com certas ressalvas e temores, sobre os desvios de equipamentos e materiais dos almoxarifados da SEDUC.

Dentre estes, pode-se citar um servidor público e ex-presidiário condenado por tráfico de drogas que trabalhou no almoxarifado, um ex-professor, um ex-membro da Comissão de recebimentos de materiais e um ex-CDS. Eles disseram informalmente que o Diretor e os Chefes são os principais atores dos desvios, quase incalculáveis, de bens materiais públicos.

Um colaborador e ex-funcionário do almoxarifado Central da SEDUC contou que na época dos desvios o então Chefe de Pátio, Edgar Júnior, se apropriou de centenas de plaquetas de tombamentos de materiais e só as apresentou no almoxarifado depois de cerca de três meses. Ele disse ainda que o Diretor de Almoxarifados e Patrimônio, Rodrigo Barros, seria cunhado da Secretária Izabel Luz e que ele costumava fazer reuniões com alguns funcionários subordinados nos almoxarifados. Este Diretor chegou a se reunir, em caráter de urgência, na sua própria residência com os funcionários Marcos Alexandre, Abdon José e Zé Raimundo, os quais retornaram da viagem à localidade ribeirinha de Nazaré, em virtude da morte do funcionário que fazia parte da equipe. Com frequência, o tal Diretor determinava aos seus subordinados que mantivessem o silêncio sobre quaisquer assuntos relativos aos almoxarifados. Atualmente, o ex-diretor de patrimônios da SEDUC estaria residindo em Ariquemes.

Outro ex-funcionário do almoxarifado Central da SEDUC e ex-detento, afirmou que indivíduos conhecidos nos almoxarifados como Antônio “Cara de Cavalo”, “Zé” Raimundo e “Nego” Gil; tiveram alguns desentendimentos e atritos decorrentes da rotina de trabalho com o funcionário da SEDUC, antes do deslocamento de uma equipe de servidores ao baixo rio Madeira para a entrega de equipamentos escolares. Ele também confirmou categoricamente que o Chefe do Pátio e uns motoristas estavam intensificando os furtos e os esquemas de desvios de materiais. Disse que o Chefe do setor administrativo, Wallace Klei, estava reformando completamente a sua casa, ocasião em que ficou impressionado ao ser chamado para fazer um orçamento para instalações de portas e janelas em blindex. Falou ainda que teve de abandonar a sociedade em uma vidraçaria na Zona Sul e, logo em seguida, foi afastado do almoxarifado da SEDUC.

Ainda disse que tem medo de falar tudo o que sabe, pois já havia sido ameaçado de morte, através de uma mensagem enviada a partir de um celular pertencente a uma professora que reside na cidade de Candeias do Jamari. Atualmente, este informador trabalha como taxista em Porto Velho.

QUEM TERIA O DIREITO E A QUEM INTERESSARIA A MORTE DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO LOTADO NO ALMOXARIFADO CENTRAL DA SEDUC?

Dedicado ao trabalho e responsável, o funcionário morto em viagem oficial do Governo do Estado de Rondônia no rio Madeira, ao longo do tempo em que exerceu suas atividades no almoxarifado central da SEDUC despertou em alguns funcionários sentimentos de invejas e antipatias.

Em determinada ocasião, ele chegou a falar para o seu sobrinho que no local de trabalho determinados servidores ficavam com raiva dele porque ele não se esquivava dos serviços, sendo que certos funcionários o taxavam de bajulador. No final de 2012, o funcionário que não voltou da viagem confidenciou que pretendia mudar para outro setor de trabalho na SEDUC.

Certamente, esse funcionário sabia de todos os movimentos certos e errados dos demais servidores lotados nos almoxarifados. Ele conhecia o funcionamento dos esquemas de desvios, assim, como as atitudes de todos os que trabalhavam naqueles depósitos de materiais. Devido à possibilidade de denúncia dos esquemas de desvios desenfreados de bens materiais públicos, bem como, de seus partícipes, com certeza ele foi uma carta retirada do baralho, covardemente marcada para ser eliminada por meio de uma armadilha execrável, em uma viagem de trabalho planejada nos seus mínimos detalhes por uma associação criminosa.

Fonte: Orlandino silva
 

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