Sexta-feira, 14 de setembro de 2007 - 06h42
No instante em que a nossa Universidade Federal abre as inscrições para a seleção de seus calouros para o próximo ano letivo, venho raciocinar se a forma de ingressar no ensino superior publico esta sendo feita de maneira justa e eqüitativa.
Pense comigo. Quando do preenchimento do formulário para inscrição no vestibular, eles fazem uma série de perguntas. Se você sempre estudou em colégios públicos; qual a sua renda familiar e por aí vai. Mas qual a finalidade desta pesquisa. Será que eles vão usar estes dados para tentar fazer justiça ao aluno, que por não ter uma condição financeira elevada, teve que fazer o ensino fundamental e médio nos colégios públicos, que sem fazer trocadilho, é público e notório que é deficiente em comparação ao ensino particular. Ou estão apenas pegando uma carona no grande número de inscrições, para fazerem um senso dos futuros acadêmicos? Eu sei que estes fatores, pelo menos até o dia de hoje, são irrelevantes na hora de computar as notas do vestibulando. Os projetos do governo federal para a inclusão da camada mais pobre nos bancos das universidades públicas, até hoje não saíram do papel. O que ele tem feito (o governo federal) é dar algumas bolsas de estudo para os alunos mais carentes, porém carentes mesmo, nas faculdades particulares, que sem querer generalizar, são na sua grande maioria, para não dizer o pior, de um desempenho abaixo da média. Há! Ele também financia o estudo para alguns através de empréstimos. Quando o aluno se forma, tem que pagar tudo o que recebeu do governo e com juros. Agora eu me pergunto! Cadê o sistema de cotas para negros e pobres? Cadê o ensino de qualidade nos períodos médio e fundamental, para que eles entrem nas universidades públicas pela porta da frente? E ainda tem gente que mesmo fazendo parte desta minoria (que na realidade é a maioria), vem dizer que não precisa de cotas para ingressar na faculdade. Ora meu amigo, dê uma olhadela nas faculdades públicas e veja o percentual de pobres nos cursos que eu denomino filé Tal qual medicina, direito, psicologia e por vai. São raríssimas as exceções. Sem querer aqui desmerecer os outros cursos, mais os que sobram para essa massa menos favorecida são letras,pedagogia, história, geografia etc. e tal.
Enfim, eu só vou me conformar com a política de ensino superior público no Brasil, quando eu ver o negro, o indígena, o pobre, seja ele branco negro, vermelho, amarelo, cor de abóbora, dividindo os mesmos bancos e cursos de alto-nível nas universidades federais. E não me venha dizer que sou frustrado e recalcado por que não sou mesmo! Apenas estou cobrando aquilo que nos é devido por direito.
Um forte abraço e até a próxima oportunidade,
Máximo Nobre
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