Terça-feira, 6 de dezembro de 2011 - 12h50
ABDORAL CARDOSO
Parece reinvenção da “máquina do tempo”. Mas não é. A recorrência na ruptura do discurso dos governantes peemedebistas em Rondônia é fato concreto. Basta atentar para a cronologia dos registros:
O ex-governador Ângelo Angelim, guindado ao cargo numa aliança PFL e PMDB para suceder o coronel Jorge Teixeira de Oliveira, no renascer da Nova República, terminou o mandato sob acusações de desmandos administrativos praticados pelo cunhado Francisco Ansiliero.
A correlação do prenome com o do atual cunhado do governador é mera coincidência.
Na esteira sucessória do Palácio Getúlio Vargas, Jerônimo Garcia de Santana (PMDB), primeiro governador eleito pelo voto direto, com larga experiência parlamentar na Câmara Federal e prefeito de Porto Velho assumiria o Palácio Getúlio Vargas, e também terminou o mandato com atraso da folha de pagamento dos servidores estaduais.
Se não fosse suficiente, o caso do governo aconteceu em meio a denúncias de corrupção das mais graves no setor de orçamento e finanças, onde o ex-secretário da Fazenda, Clóter Mota passou a um dos capítulos tristes da história política rondoniense como o protagonista da cena que transformou uma mesa de despacho da governadoria em esconderijo para se proteger das pedradas dos manifestantes que reivindicavam pagamento de salários.
O atual senador e presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp de Matos, egresso do próspero município de Rolim de Moura, mal assumiu a governança - já que Confúcio Moura garante que governador “pensa” que governa – e na época provocou, com uma simples declaração à mídia sobre a situação pré-falimentar do Banco do Estado de Rondônia (Beron), uma verdadeira corrida dos correntistas aos caixas para sacarem seus saldos.
A ruptura do discurso de campanha já se mostrava distante e surreal, apesar dos esforços de alguns setores. A síndrome do descontrole administrativo dos mandatos peemedebistas feriria de morte o centro nevrálgico do governo e os barnabés assistiriam à reprise do filme com até três meses de salários atrasados, intervenção do Banco Central no Beron e prisão de alguns assessores diretos acusados de corrupção.
Passado quase um ano do mandato do governador Confúcio Moura, com larga experiência parlamentar em Brasília e em administração municipal, o “ocupante” do Palácio Getúlio Vargas admite, finalmente, a perda do controle do seu (dele) governo e confessa que pensa que manda.
Ora, quem levou um ano para descobrir que não consegue governar - com seu jeito desinteressado e de sorriso maroto, imagem essa que passa à população – é o mesmo que assinar um cheque em branco com a assinatura desnecessária do pacto que selou o grande arco de aliança partidária, em Ji-Paraná, para confirmação da vitória no 2º turno das eleições.
Desnecessária, sim, pelo fato de todas as projeções indicarem à época a reedição da vitória do 1º turno. Não tivesse assinado o pacto, com certeza o governo teria uma “alça de guia”.
Fonte: Abdoral Cardoso
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