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Um governo anestesiado


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Ainda não foi dessa vez que o governo do presidente Lula conseguiu tirar do papel para o campo da prática a lista de medidas essências de que tanto o Brasil precisa para sair do estado de catatonia no qual está imerso. O prometido corte de gastos caminha a passos de cágado. As projeções de especialistas para o futuro da economia brasileira são as piores possíveis e imagináveis. Decididamente, Lula e a cúpula do governo não conseguem se entender. A cada reunião os ânimos ficam mais acirrados, inclusive com ameaças de demissão. Enquanto ninguém chega a um acordo, a população sofre as consequências do descaso.

O governo perdeu a confiança do mercado financeiro, que não acredita mais na possibilidade de uma taxa de juros abaixo de 10% ao ano, enquanto a inflação segue solta no pasto como uma fera selvagem destruindo tudo o que encontra pela frente. A ausência de uma articulação de Lula com parlamentares vem contribuindo para aumentar a crise no governo. Derrotas frequentes no Congresso revelam que o petista perdeu a capacidade de construir uma base sólida. 

O senhor Fernando Haddad tornou-se alvo de piada entre economistas, jornalistas e humoristas. Poste, fantoche e marionete são alguns substantivos atribuídos ao ministro da economia, acusado de não pronunciar uma palavra sem antes combinar com o presidente, diferentemente de Antônio Palocci, que era ouvido e respeitado por Lula. A coisa está feia. A ida ao supermercado está cada vez mais cara, exceto para os mais aquinhoados, que insistem em não enxergar o óbvio. Com o preço da gasolina nas alturas, os passeios com a família nos finais de semana são cada vez mais raros.  É hora de orar, se possível, de joelhos e com os olhos voltados para o céu a espera de um milagre. 

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