Quinta-feira, 17 de setembro de 2020 - 08h34
Alguns segmentos do funcionalismo público, nos três níveis de
poder, têm recebido com preocupação – mesmo os que o sufragaram na eleição
presidencial – as medidas acionadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro,
destinadas a remodelar o funcionamento da máquina pública, a chamada reforma
administrativa.
Modestamente, incluo-me entre os que acreditam que a corda
vai arrebentar, mais uma vez, do lado das classes menos aquinhoadas, que não
têm poder de pressão, costumeiramente as mais prejudicadas e perseguidas por
administradores e políticos cúpidos, que insistem em tratá-las com desdém, o
bode expiatório de todas as mazelas que impregnam o setor público, uma espécie
de categoria mendiga, sempre de pires na mão à espera que lhe caia algumas
migalhas das mesas palacianas. Tudo isso, evidentemente, sob os aplausos
velados de uma minoria que de tudo faz para desmoralizar e ridicularizar a
maioria dos que presta serviços à máquina oficial.
Apesar de não ser especialista em nada, entendo que a
proposta de reforma administrativa precisa estar fincada no ideal de justiça e
na renovação de conceitos e estruturas arcaicas, mas, pelo que se tem
acompanhado e ouvido nos bastidores da politica, a burocracia palaciana, aliada
ao histórico de muitos parlamentares com assento no Congresso Nacional, não
deixam dúvidas de que a discussão e consequente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2020) serão
marcadas por acordos espúrios e discursos demagógicos, que desde há muito vêm
caracterizando o nosso modelo politico, aparecendo, frequentemente, como um
foco de infecções a reclamar tratamento cirúrgico pelo povo.
Que os servidores públicos possam mais uma vez cerrar
fileiras para defender seus interesses contra as maquinações e os golpes orquestrados
por políticos profissionais e dirigentes públicos insensíveis, sempre
preocupados com seus mesquinhos e reprováveis privilégios em detrimento das
camadas mais sofridas da sociedade. É inaceitável que essa gente continue
usando de todos os meios e métodos condenáveis para manter o velho estado de
coisas deploráveis que temos.
Quer queira, quer não queira, o desmonte do serviço público
começou no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, passando pelas administrações
nefastas de Lula e Dilma, chegando ao governo do presidente Jair Bolsonaro. A
proposta de reforma administrativa precisa alcançar todos os segmentos
funcionais, e não buscar apenas manter privilégios de uns poucos em prejuízo da
maioria. Caso contrário, redundará inócua.
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