Domingo, 3 de março de 2013 - 23h07
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João Bosco Leal
Sempre ouço alguém comentando que se surpreendeu com atitudes ou comportamentos de certas pessoas, mas raramente as vejo pensar sobre quem são suas companhias, nos locais por elas frequentados, ou onde as conheceram.
Frequentando locais e grupos totalmente distintos do que anteriormente nos eram comuns, é comum que surpresas ocorram, pois em ambientes e com pessoas desconhecidas, as consequências são sempre imprevisíveis.
Todos os locais possuem seu público, e bastante distinto entre eles. A vida noturna, os bares, boates, igrejas, praças, restaurantes e o comércio dos mais diversos produtos possuem cada um, sua clientela específica.
Raramente nos surpreenderemos com o público que frequenta cada um desses locais. Eles não se misturam. Não encontraremos pessoas bebendo na igreja ou alguém orando em uma discoteca.
As pessoas que utilizam drogas ou bebem acima normal, por exemplo, são bem mais facilmente encontradas em boates durante a madrugada do que em restaurantes no início da noite.
Sabendo disso, tanto a mulher como o homem desacompanhado normalmente vão aos locais onde, imaginam, estarão as pessoas que mais se enquadram no grupo social que sempre frequentou ou que deseja agora frequentar.
Nos diversos tipos de estabelecimentos noturnos, quem está só certamente está procurando companhia, diversão, mas raramente uma pessoa com quem queira assumir qualquer tipo de compromisso, principalmente por saber que, como ela, quem lá estava deveria saber disso e estava buscando o mesmo, ou seja, em uma casa de diversões noturnas, dificilmente encontraremos alguém buscando outra para se casar.
Isso também pode ser observado em diversos tipos de comportamentos sociais, como o das pessoas que alegam que, por sua profissão, necessitam frequentar, estar na mídia, ter visibilidade e conhecer o maior número possível de pessoas, independentemente de estarem ou não de acordo com o comportamento social destas, e acabam, por isso, frequentando e tendo seus lares frequentados por pessoas que não serviriam como companhia para ninguém.
Dizer que sua profissão exige ir a certos locais e socialmente encontrar certas pessoas, é aceitável, mas dizer que precisa frequentar esses locais e ter seu lar frequentado por essas pessoas é falso, e de alto risco.
Receber em sua casa ou frequentar a casa ou ambientes frequentados por pessoas que diferem frontalmente de nossos conceitos éticos, morais e de comportamento social, certamente não trará nenhum benefício, social ou profissional, para quem quer que seja. Pelo contrário, frequentar ou ter seu ambiente frequentado por pessoas assim, só nos farão ficar abalados, admirados ou assombrados com coisas que não deveriam nos surpreender.
Poucas surpresas ocorrerão na vida, se pensarmos antes para onde e com quem iremos.
João Bosco Leal
*Jornalista e empresário
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