Sexta-feira, 3 de setembro de 2021 - 09h19

Um problema extremamente grave, mas que parece não
incomodar políticos e administradores da coisa pública. Trata-se da questão do
saneamento básico, principalmente na cidade de Porto Velho. Do bairro Jardim
Eldorado, passando pelo Mariana, até o Esperança da Comunidade, a situação é de
calamidade pública. Entra governo, sai governo, pouco ou quase nada tem sido
feito para, pelo menos, amenizar o sofrimento da população.
Normalmente, os percentuais reservados nos orçamentos
para as obras de saneamento são ínfimos, tornando o quadro cada vez mais
dramático. No passado, era comum administradores aplicarem mais recursos na
produção e divulgação de informações do que mesmo na melhoria dos serviços
públicos essenciais à vida da população. Recordo-me de um caso em que dos mais
de sete milhões destinados no orçamento para o gabinete do prefeito, à época,
dois milhões e meio foram reservados para publicidade oficial.
É difícil acreditar, mas é a pura realidade,
especialmente quando se sabe que a carência de saneamento básico é responsável
por mais de sessenta por cento das internações hospitalares e pelo já elevado
índice de mortalidade infantil, no Brasil, sobretudo em algumas regiões do Nordeste.
Enquanto as promessas não saem do papel, a população continua entregue à
própria desdita, vivendo no charco e na lama, em bairros miseráveis, sem
drenagem, rede de esgoto, água tratada, enfim, sem as mínimas condições de
habitabilidade e dignidade.
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