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Prevaleceu o bom-senso


Prevaleceu o bom-senso - Gente de Opinião

Pressionado por servidores federais, que ameaçaram paralisar suas atividades caso o presidente Jair Bolsonaro insistisse na ideia estapafúrdia de dar aumento salarial a policiais, deixando de lado as demais categoria funcionais, o chefe da Nação usou as redes sociais, na noite de quarta-feira (19), para anunciar que desistiu de levar adiante a iniciativa.  Ainda bem que surgiram as luzes da inteligência e do bom-senso para conter a deflagração da greve, o que não seria nada bom para o presidente, principalmente em ano eleitoral.

Não é de hoje que servidores, nos três níveis de poder, reivindicam a implantação de uma política salarial que atenda pelo menos às necessidades mais prementes da categoria, mas parece que eles têm pregado a ouvidos moucos. Os parcos salários pagos vêm obrigando a maioria deles a fazer muita ginástica financeira para sobreviver. E, em geral, um consignado hoje, outro amanhã, um empréstimo a alguém hoje, outro amanhã, fazendo mágica sem ser ilusionista.

Alguns dirigentes públicos consideram um gesto de benevolência pagar salários justos aos servidores, quando, na verdade, isso é um dever indeclinável. Não o é, porém, entupir as repartições públicas com apaniguados e cabos eleitorais ao arrepio da lei, o que, aliás, é prática corriqueira de políticos vira-casacas que de tudo fazem para tripudiar sobre as reais necessidades dos que prestam serviços à máquina oficial.

Ao contrário do que pensam alguns, servidor público não é lixo para ser tratado com desdém por políticos inescrupulosos que só lembram que a categoria existe em período eleitoral. Depois, dane-se! Não é sem motivo a insatisfação da imensa maioria com a situação de penúria em que se encontra importante parcela desse segmento funcional, que, ano após ano, vem sendo massacrada, humilhada e vilipendiada. Como eu disse, em boa hora o presidente Jair Bolsonaro resolveu colocar a mão na consciência e desistir da ideia de dar aumento apenas a policiais. 

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