Quinta-feira, 6 de junho de 2013 - 20h32
Raniery Araújo Coelho(*)
Muitas vezes, as pessoas, na ânsia de acertar, acabam buscando fazer transformações completamente bruscas e que não trazem bons resultados. É o caso, agora, das transformações que estão sendo propostas para o trânsito de Porto Velho como salvadoras de situações complicadas que exigem tempo e investimentos para serem resolvidas. É fato que a cidade de Porto Velho cresceu e, por tal razão, cresceu o número de veículos e o volume de tráfego, mas, as ruas permaneceram as mesmas e se entupiram, sem espaço, criando problemas. Estes não serão resolvidos sem abrir novas saídas, com todos os custos de indenizações e aberturas de novas artérias. Somente fazer , o que fizeram na Calama, proibir o estacionamento de um lado não resolve o problema e cria muitos outros.
Infelizmente, até agora, por mais que os empresários e moradores da Avenida Calama tenham reclamado, a Prefeitura Municipal de Porto Velho não atende aos reclamos do bom-senso. Os argumentos que são brandidos em favor da modificação feita, criar na Calama um corredor de ônibus, pecam pela falta de consistência. Eis o que tem sido dito:
1) A medida se insere num Plano de Mobilidade Urbana que, segundo consta, teria sido amplamente discutido com a população que, pode perguntar a qualquer um, não tem o menor conhecimento do que se trata;
2) Seria para beneficiar o transporte coletivo e os pedestres. Que transporte coletivo? É a primeira coisa que se deve perguntar. Na Calama, os empresários já constataram, somente passam duas linhas com um tempo, de, no mínimo, 35 minutos. E os ônibus, também amplamente comprovado, não usam a suposta faixa destinada para eles. Quanto aos pedestres, é só perguntar, ou ir experimentar, se é possível atravessar a Calama na velocidade que os veículos trafegam;
3) A outra justificativa seria a de desafogar o trânsito. O trânsito, infelizmente, nas horas de “rush” na Calama, sabidamente, pioraram.
Em suma, não há sinal de ninguém que concorde com a medida de estabelecer estacionamento de um só lado da Calama para beneficiar somente as empresas de ônibus e, em nome, de um futuro melhor. Até porque o presente é cristalino: pegos de surpresa, numa rua que já possuía dificuldade de estacionamento, os empresários tiveram um enorme prejuízo no segundo período de maior faturamento do ano, o Dia das Mães. Há empresas que tiveram queda de 30 a 60% de seus faturamentos. A troco de quê? A medida beneficia a quem? Até agora ninguém veio defender a medida e é motivo de receio de outros comércios similares que temem que o mesmo seja feito nas suas proximidades.
É uma medida que, aliás, em outras cidades, já se comprovou, inócua e nociva. Basta verificar o exemplo daAvenida Duque de Caxias, no centro de Londrina, onde é possível se constatar a quantidade de comércios fechados e imóveis para alugar na região. O fenômeno tem uma explicação: a falta de estacionamento de veículos na rua, causada pela implantação da faixa exclusiva de ônibus, há quase três anos. Antes disputada no comércio de Londrina, a via tem hoje 37 imóveis comerciais vazios no trecho entre a Rua Benjamin Constant e a Avenida JK, segundo um levantamento feito pelos comerciantes, informou o Jornal de Londrina do último dia 17 de maio.
É evidente que, sem os consumidores terem onde parar, com a extinção de vagas de estacionamento, se prejudica muito o comércio e, inclusive, se desvalorizam os imóveis. Senhor prefeito, a grande maioria dos empresários da região lhe apoiaram e estão muito decepcionados, pois, esperavam melhorias com sua gestão e, até agora, só conseguiram foi ter mais problemas e tem receio de que, com uma medida tão esdruxula, acabe com um comércio tão florescente como o da avenida Calama. Senhor prefeito, por favor, não faça com a Avenida Calama o que fizeram, em Londrina, com a Duque de Caxias. Não mate a Calama!
(*) É presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO.
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