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Povo, o maior inimigo do Brasil


 

Povo, o maior inimigo do Brasil - Gente de Opinião
Professor Nazareno*


Toda nação tem que ter povo, óbvio, caso contrário não seria uma nação. E não é diferente com o Brasil. Somos mais de 204 milhões de pessoas que formam a quinta maior população de um país em todo o planeta. Em número de habitantes ficamos atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Temos uma taxa de crescimento populacional grande se comparar com alguns países desenvolvidos. São quase três milhões de novos indivíduos que nascem todos os anos por aqui. O problema é a qualidade desses novos cidadãos, pois geralmente essa taxa de nascimento se observa em lugares pobres, violentos e miseráveis nos rincões do país. Sem leitura de mundo e sem estudos, os pobres do Brasil geralmente se multiplicam numa velocidade espantosa quase sem controle, enquanto nas classes mais abastadas esse crescimento é quase nulo.

Acredita-se que em torno de oitenta por cento dessa população, ou seja, mais de 160 milhões de pessoas, não tenham informações, estudos, leitura de mundo, nem conhecimentos suficientes para formar uma nação de verdade. É uma enorme massa de manobra estéril, burra e sem futuro que equivale a duas vezes a população de toda a Alemanha ou a mais de três vezes os habitantes da França. E esse povo precisa vestir e come pelo menos três vezes ao dia. Produz pouco e mal, depende geralmente das benesses do Poder Público e quase não contribui para o desenvolvimento do país. E o pior: a maioria dessa gente é eleitor e vota invariavelmente em todas as eleições. Com este sofrível nível de consciência política e social dá para se imaginar o tipo de político que eles escolhem a cada dois anos para comandar os destinos da nação. Estamos fritos.

Porém, engana-se quem pensa que nossos pobres escolheram ser assim. Eles são vítimas e consequência direta das políticas econômicas e sociais criadas pela elite que sempre mandou e desmandou neste país. Não investir em educação de qualidade, por exemplo, é uma decisão absurda que os ricos sempre mantiveram ativa para não formar cidadãos conscientes e críticos. Por isso, é fácil entender por que uma nação com uma enorme população como a que temos nunca ganhou sequer um Prêmio Nobel. A Argentina, nossa vizinha e rival, já ganhou cinco vezes essa comenda com uma população que é apenas 20 por cento da nossa. O Brasil nunca se destacou em nada e se não fosse a boa produção de commodities que temos, seríamos ultrapassados até pelas nações miseráveis da África subsaariana. Até no futebol já somos um fracasso global.

Mas o Brasil tem jeito? Tem, sim. Basta começar a investir hoje nas crianças abaixo de cinco anos dando-lhes escolas públicas de boa qualidade, com tempo integral, professores sérios e comprometidos, orientação adequada, formação humana com valores e bons conhecimentos, além de toda a assistência social, esportiva, psicológica e econômica. Mas tem que ser abaixo dos cinco anos, pois aos seis um garoto já sabe se benzer demonstrando já estar contaminado pelo veneno da religião e do preconceito. Aos sete já sabe mentir e aos oito demora duas horas no banheiro quando vai tomar banho. Crianças puras e sensatas com uma educação coerente e comprometida formarão uma nação igualmente pura. Quase todos nós acima dos cinco anos, pouco ou nada contribuiremos para o nosso país no futuro. Com esse povo que temos, o Brasil nunca prestou nem prestará, mas mudando-o nada impede que seja uma nação bem melhor.

*É Professor em Porto Velho.

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