Terça-feira, 28 de julho de 2015 - 07h04
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No período mais crítico para a União Soviética na II Guerra Mundial, uma palavra resultou em nova postura daquele país que vinha sendo massacrado pela blitzkrieg nazista. “Precisamos de esperança”, disse um assessor do comandante soviético quando os alemães já estavam para atravessar o Rio Oder.
É a mesma palavra que agora a presidente Dilma Roussef pretende transformar em realidade com a série de postagens dela nas redes sociais, conforme o jornal Folha de S. Paulo, ontem, para enfrentar a queda de confiabilidade do brasileiro em relação à administração da presidente, buscando assim “vender” uma nova imagem da presidente aos cidadãos do país – claro, sem interferência de repórteres durante entrevista.
A pergunta que pode ser feita cara-cara por um jornalista, com condições de gerar nova pergunta a partir do que a presidente possa dizer, pelo visto o Planalto nem pretende. Prefere a tela fria do computador, na tentativa de conseguir melhorar os índices de popularidade que institutos de pesquisa alavancaram de tal modo que seus cientistas não sabem explicar onde erraram, ou onde está realmente o erro.
(Sobre os institutos, apesar de todos os erros que têm cometido, é difícil imaginar que não venham, logo, logo, anunciar pesquisas mostrando recuperação que, nas ruas, não são vistas, afora que pesquisem em bolsões sabidamente beneficiados pelos donos do poder).
Ora, ainda iniciando seu segundo mandato a presidente se vê numa situação tão difícil perante a opinião pública, com todas as repercussões que isso causem, que talvez o maior desafio dos assessores palacianos, incluindo empresas a serviço da comunicação do Planalto, seja conseguir a palavra certa para remoldar a imagem da senhora Dilma de forma a que a sociedade a veja de maneira melhor do que a vê agora.
Sem dúvidas será um esforço grande, até mudar seu jeito de falar, mas na situação de desconfiança da sociedade em relação a tudo quanto o Planalto faz ou anuncia pretender fazer, quem está pagando a conta alta, e muito alta mesmo, é o contribuinte, são as famílias brasileiras que, literalmente, podem ter sido vítimas do que comumente se diz quando alguém engana alguém: “171”.
O governo anterior a Dilma, e depois o dela, estimularam seguidamente o brasileiro a comprar, a se endividar, a acreditar, apesar de todos os avisos internos e externos de que houvesse comedimento, que estávamos num ponto tal que não haveria recessão. O resultado é o que temos hoje, com o governo federal não conseguindo honrar seus compromissos e a conta, cada vez mais ácida e mais destrutiva, ficando para os que realmente trabalham e produzem.
Pelo visto, acreditar que a nova estratégia de marketing anunciada pelo Planalto possa dar certa pode representar aquele ditado popular de que “esperança é a última que morre”.
Considere-se dito!

Fonte: Jornal Alto Madeira, 98 anos em Rondônia
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