Sábado, 17 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

PERDER A FÉ NA MISSA



Por Humberto Pinho da Silva
 

Nicola Bux, é professor de Liturgia Oriental e Teologia Sacramental, na Faculdade Teológica de Bari – Itália.

Segundo ele, a celebração eucarística, nas nossas igrejas, tornou-se cansativa e rotineira. Falta-lhes beleza e principalmente explicação do “ que acontece lá”.

Os fiéis vão à missa, por obrigação ou dever, mas (a maioria) não sabe o que é a celebração eucarística, para poder participar e compreender.

É natural que jovens, e não só, fujam de ir ao culto, aos domingos, porque, e cito Bux, ficam “enfastiados da missa”.

As leituras, por vezes, são extensas, as homilias herméticas, incompressíveis para a maioria dos crentes.

Recordo, que estando em Roma, no convento anexo à Basílica de Santo António, frade, que vivia no Brasil, falou-me da proliferação das seitas, que arrebanham milhares, transformando os templos em verdadeiros hipermercados de bênçãos.

Interroguei o motivo de tão vertiginosa expansão, quando a sociedade parece ter-se tornado agnóstica.

Explicou-me que se deve ao facto dos pastores falarem-lhes em termos comuns, ilustrando as homilias com casos da vida real e quotidiana.

Quando o sacerdote quer mostrar erudição ou na prática enreda, não expondo a doutrina com palavras que os ouvintes compreendam, a missa torna-se enfadonha e os crentes saem em jejum.

No livro que Nicola Bux publicou: “ Como Ir à Missa Sem Perder a Fé” – editado por Piemme (Milão), aborda também os símbolos e gestos litúrgicos, que não sendo devidamente explicados, são incompreendidos pela assembleia.

Já que poucos comparecem à catequese de adultos, nem participam em movimentos ou associações religiosas, parece-me que seria prudente, que no início da missa, o sacerdote tivesse pequena palestra (conversa) sobre cristianismo: o que é e o que significa a celebração eucarística.

Ideal seria que fosse acompanhado de folhas volantes, distribuídas ou colocada numa mesinha, à entrada. Certa vez, alguém, sugeriu que cada Igreja, cada pároco, tivesse site ou página numa rede social – só de uso dos aderentes ao grupo – onde abordasse temas religiosos.

Deste modo podia haver conhecimento melhor dos membros que frequentam o templo.

Não digo tanto; mas pelo menos pequenina explicação, no início da missa, parece-me útil e extremamente necessário.

Gente de OpiniãoSábado, 17 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Reajuste salarial dos servidores da Câmara Municipal de Porto Velho será aprovado na próxima segunda-feira (19)

Reajuste salarial dos servidores da Câmara Municipal de Porto Velho será aprovado na próxima segunda-feira (19)

A Câmara Municipal de Porto Velho deverá aprovar, na sessão plenária da próxima segunda-feira (19), em primeira discussão e votação, a proposta que

Escravidão no Brasi:137 anos após a Abolição, OAB   mantém uma escravidão mais sutil e mais  lucrativa que a do século XIX

Escravidão no Brasi:137 anos após a Abolição, OAB mantém uma escravidão mais sutil e mais lucrativa que a do século XIX

No último dia 13 de maio, o país comemorou   os 137 anos do fim da abolição da escravidão no Brasil, com o advento da assinatura da Lei nº 3.353, de 1

Rocha não está só

Rocha não está só

Quando o assunto é a crise na qual está engolfada a saúde estadual, logo se aponta o dedo na direção do governador Marcos Rocha, atribuindo-lhe a re

Vamos dar um tempo a Gazola

Vamos dar um tempo a Gazola

Um novo governo assumiu os destinos do município de Porto Velho. É natural que se lhe dê um período de tempo para se familiarizar e compreender o fu

Gente de Opinião Sábado, 17 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)