Sábado, 7 de abril de 2012 - 11h03
Quando começou a onda de lutas por democracia nos países árabes, mereceu enaltecimento a resistência dos egípcios. Multiplique-se por dez e essa será a média de tempo da luta dos sírios.
Se existiu independência de país sem mortes foram em poucos, do mesmo modo com mudança de regime e de governo. Mas o mundo precisa intervir quando isso passa do razoável, se isso for possível quando se trata de vidas perdidas.
Há mais de um ano o governo de Bashar al-Assad vem matando centenas de pessoas por dia sem uma interferência efetiva do mundo, das chamadas potências mundiais, em especial dos Estados Unidos e da França, que nos últimos episódios tem se destacado na liderança. Não há uma explicação na imprensa das razões de tanta omissão. Talvez seja por respeito à chamada autodeterminação dos povos, o que não foi observado nas invasões noutros países, especialmente no Iraque, invadido sob um pretexto mentiroso. Esse princípio não deve servir para justificar o abandono aos sírios, exatamente por não existir naquele país, onde o que reina é uma oligarquia ditatorial.
Outra justificativa poderia ser o temor de interferência militar pelo presidente americano, por medo de uma grande reprovação que possa colcoar em risco a sua reeleição. Nada deveria estar acima da preservação da vida, ainda que possa custar outras baixas. Ou ainda pode faltar à Síria o petróleo que sobra noutros países, e essa pode ser a razão principal de tamanho desinteresse dos países desenvolvidos.
Há também a omissão da sociedade mundial. Não se vê manifestações em frente às embaixadas sírias mundo afora. Não existem pesquisas nem páginas em redes sociais de contra o genocídio sírio. Não se lê nem editoriais contrários ao massacre de civis. Como dito, há mais de um ano os sírios são massacrados diariamente, o que já resultou em mais de oito mil mortos, e nada acontece contra o governo sírio como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Não existe autodeterminação para quem só têm pescoços e cabeças para resistirem aos fuzis.
Cada cidadão tem a obrigação de se manifestar e cobrar ação e a interferência que se fizer necessária de todos Estados, principalmente das potências mundiais. Como as medidas diplomáticas têm sido ignoradas pelo governo da Síria, torna-se necessária a interferência militar. Essa exigência não serve ao governo brasileiro, por já estar acostumado com sua guerra interna, com número anual de mortos cinco vezes maior do que na Síria.
Fonte: Pedro Cardoso da Costa
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