Sexta-feira, 31 de agosto de 2012 - 07h01
João Baptista Herkenhoff
O primeiro turno das eleições municipais ocorrerá no dia sete de outubro, mas a propaganda gratuita na tv e no rádio já começou.
Quando pela primeira vez foi levantada a ideia de conceder tempo gratuito, no rádio e na televisão, para partidos e candidatos, houve rejeição por parte de alguns veículos, rejeição que se compreende, embora não se aprove, porque a franquia gratuita do espaço radiofônico e televisivo reduzia os lucros das emissoras. Mas uma forte pressão da opinião pública, em favor da inovação, fez com que fosse vitoriosa.
É certo que muitos candidatos e partidos desperdiçam o precioso tempo com mensagens de mau gosto, desprovidas de conteúdo ou, pior ainda, alguns maus políticos desfiguram o palanque do rádio e da tv para ataques pessoais e até mesmo para caluniar ou difamar os adversários.
Mas é assim mesmo. Paciência. Democracia não se outorga por decreto. Democracia é conquista do cotidiano e só se alcança a Democracia através do exercício democrático.
Pouco a pouco o povo vai aprender a distinguir alhos de bugalhos prestigiando os bons programas de partidos e candidatos que aproveitam o tempo eleitoral para contribuir na educação para a cidadania.
O Município é o alicerce da Democracia. Jamais um país alcancará a Democracia, em nível nacional, sem construir a Democracia municipal.
O eleitor deve escolher com extremo zelo o candidato que, a seu juízo, deve exercer o mandato de Prefeito, bem como o cidadão que considera merecedor de seu sufrágio para ter assento na Câmara de Vereadores.
Assistir aos programas eleitorais é um dever cívico, principalmente naquelas hipóteses nas quais o programa eleitoral é a única possibilidade de que dispõe o eleitor para conhecer os pretendentes aos mandatos em disputa. Talvez esses programas não sejam tão prazeirosos quanto um filme de suspense, uma novela com bons atores ou uma reportagem eletrizante. Mas procurar os caminhos disponíveis para selecionar bons candidatos é uma prova de amor à cidade onde vivemos.
Nos meus tempos juvenis o debate eleitoral era travado nos comícios em praça pública e em outros espaços que permitiam o contato direto dos eleitores com os candidatos. Eram também usuais os enfrentamentos tête-à-tête entre os postulantes aos cargos, sob a chancela de mediadores. Fui mais de uma vez mediador de pugnas eleitorais em Cachoeiro de Itapemirim. Com frequencia os ânimos se exaltavam e ao mediador cabia a tarefa de esfriar o ambiente.
Exalto as emissoras que ainda hoje promovem debates face a face. É um grande serviço que prestam à Democracia.
Quarta-feira, 5 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
O mutirão de cirurgias da SESAU não pode parar
Sou testemunha do resultado resolutivo do mutirão de cirurgias que está em andamento em hospitais privados. Pacientes atendidos pela rede pública de

O conflito geopolítico na Ucrânia e o redesenho do mundo
A guerra na Ucrânia expôs as contradições do Ocidente e revelou que o mundo já não se organiza em torno de uma única hegemonia. Entre velhas pot

Entre a noite das sombras e o dia da luz
Na aldeia de São Martinho das Fontes, o tempo tinha a respiração lenta do sino. O povo, embalado por essa cadência e embebido pela maresia, guarda

Servidores efetivos vs. comissionados
O excesso de comissionados em instituições e órgãos públicos tem sido alvo de frequentes investidas por parte do Ministério Público de Rondônia (MPE
Quarta-feira, 5 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)