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Opinião: Elarrat prefere contratar emergenciais


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SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO, JORGE ELARRAT, PREFERE CONTRATAR EMERGENCIAS AOS QUE FORAM APROVADOS NO CONCURSO PÚBLICO DE 2010.

 

Por Prof. Victória Bacon

Fico perplexa a cada dia que me deparo com as ações ridículas que vem sendo tomadas contra a educação rondoniense. Desde que assumiu a chefia da SEDUC, o engenheiro Jorge Elarrat, nada apresentou de novidade para a educação em 2 meses de função que lhe rende subsídio de 16 mil reais mensais, motorista particular e todas regalias de um secretário de estado.

Quando foi anunciado pelo governador Confúcio Moura, em meados de dezembro, que seria o bendito Elarrat, o homem desconhecido na educação, o secretário de da pasta de seu governo, muitos amigos professores e técnicos educacionais desconfiaram dos argumentos do então governador eleito a colocar um cidadão que sequer tem noção do que é uma LDB ou um PPE. Eu mesma sou testemunha da falta de informação e conhecimento do atual secretário em relação a matérias relacionadas ao universo educacional. Em 19 de dezembro, a convite do então governador eleito, fui debater os problemas educacionais e as possíveis soluções a curto prazo, no Hotel Aquarius. Lá, o governador, apresentou-me o escolhido. Quando tomei conhecimento que o mesmo não tinha ligação com o sistema público de ensino, nunca tinha cursado licenciatura ou cursos na área de educação ou sequer carreira no magistério de educação básica ou tecnológica, assustei-me, porém, preferi esperar as ações do tempo que são sábias e respondem por si,

Ao debater assuntos relacionadas ao nosso sistema de ensino, percebi a vasta falta de informação do secretário. O mesmo não sabia a função de um diretor de escola, não tinha conhecimento sobre a LDB, não detinha informação sobre projetos educacionais, enfim o mesmo não tinha nenhuma agenda, currículo ou formação para guiar a maior secretaria e mais importante que é a educação. A importância de uma secretaria como a SEDUC se dá pelo fato de ter o maior número de servidores, o maior números de estabelecimentos públicos e conseqüências direta e indireta na vida social, profissional e pessoal de todos rondonianos.

Mas, se passaram 2 meses e começamos a nos deparar com o atual secretário que vem deixando muito, mas muito a desejar.

A começar sua equipe é muito mal estruturada e parecem que as dezenas de assessores não falam a mesma língua que o secretário. Amigos na SEDUC me disseram por e-mail e nas conversas do dia a dia que o secretário é uma petulância em pessoa. Parece não dar “muita bola” para que os técnicos falam, como se conhecesse de tudo e de todas as ciências uma espécie de Isaac Newton misturado com Freud e com gotas de Einstein,

No último dia 28 de fevereiro, não participou do encontro estadual para debater a tão sensível educação rondoniense, onde estavam presentes o governador, seu chefe. Incrível acreditar que num debate sobre educação o representante da área não esteja presente, coisas que só ocorrem em Rondônia, claro!

Problemas de comunicação com deputados, com assessores são outros motivos de reclamação do gerentão da falida Embratel.

Até na reunião do CONSED, onde foi eleita a secretária de educação do Mato Grosso do Sul para presidente do órgão que representa os secretários de educação dos estados de todo Brasil, fontes seguras me informaram que o único a não falar foi o engenheiro Elarrrat.

Mas, pesquisando em todos os sites de secretarias de educação, percebi que o único secretário de educação das 27 unidades de federação a não ter nenhum vínculo com o universo educacional é o secretário de educação de Rondônia. Em todos os estados, ou são professores de carreira dos seus respectivos estados, ou são professores de universidades públicas onde lecionam em cursos de licenciatura, ou foram reitores de instituições de ensino superior ou ainda técnicos com profundo conhecimento no universo educacional.

Mas a gota d'água foi a mensagem enviada pelo secretário de educação à Assembléia Legislativa solicitando 1500 vagas para contratação imediata de professores. Triste e lamentável! Mais de 2000 professores estão aguardando serem chamados e o argumento do secretário foi de que se esgotaram os professores do último concurso realizado em 2010.

Anseio as preocupações do secretário em áreas de exatas como física, química e matemática, porém nesta última disciplina há várias pessoas a serem chamadas em vários municípios.

Por que então selecionar emergenciais?

O preço de um professor emergencial de 40 horas chega a custar um de 60 horas devido às custas trabalhistas.

E onde fica respeito por estes professores que estão aguardando há quase 1 ano a expectativa de fazerem parte da educação rondoniense e poderem contribuir com seus conhecimentos, seus anseios e seus propósitos advindos da faculdade.

Enquanto o governo federal através de uma propaganda que vincula na televisão, pelo MEC, convidando as pessoas a serem professores estimulam-nos porém, situações complexas e distorcidas como estas do secretário que prefere seguir o critério mais fácil e menos trabalhoso que é a de contratar pessoas para lecionarem pelo caráter emergencial acabam desistimulando ainda mais a carreira da educação (magistério). O que veremos nestas seleções emergencias são pessoas portadoras de diploma de direito lecionando português ou história, pessoas que ainda cursam faculdade de contabilidade lecionando matemática, ou dentistas lecionando química e assim vai...Ele, o secretário, com certeza não visitou ainda uma escola, ou ficou dentro de uma sala de aula num calor sensível de 42 graus em tardes de agosto como eu já tive de suportar. Este mesmo secretário deveria ter o mínimo de sensibilidade e pensar em suas ações. Educação, qualidade de ensino, professor, aluno não podem esperar ações a longo prazo.

Para se transformar Rondônia na Suíça brasileira que o governador tanto deseja é necessário conhecer quem se coloca a frente de suas funções, principalmente na educação não fazendo da SEDUC um entreposto de acordos políticos de partidos que dão a alma de suas mães ao diabo em acordos que resultem em cargos, poder e grana, claro!

Contato: [email protected]

Fonte:Prof. Victória Bacon

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