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OPINIÃO DO ELEITOR: O TRE não quer que você Vote!


 
Tudo pronto para o Plebiscito que vai decidir se a Ponta do Abunã será ou não emancipada e eu torço para que não seja.

Primeiro por acreditar que o local não tem hoje a mínima estrutura para ser um novo Município, o que na realidade quer dizer que se começar assim, começa com problemas e logo começa errado.

Depois só de pensar que com a emancipação teremos mais uma cria de políticos tentando ocupar um lugar nas redondezas, isso já desanima mais ainda e eu não vou fomentar raposa velha, durmo e acordo preocupado em retirar aqueles que já estão lá.

Agora, como vivemos numa democracia, penso que cada um deve defender sua posição diante do processo e cabe a Justiça Eleitoral garantir acessibilidade com dignidade ao eleitor no dia do pleito eleitoral, oportunizar que o eleitor tenha a chance de mudar algo no distrito em que vive ou até mesmo se pronunciar contra ou a favor da emancipação.

Ontem assisti a uma entrevista na televisão com a Desembargadora do TRE, e em dado momento ela se referiu a região atingida pelo pleito eleitoral como “aquela ponta lá” demonstrando nem conhecer a localidade e ai fiquei pensando na quantidade de recursos que são destinadas para um órgão como o TER para executar esse serviço e, no entanto vamos encontrando falhas e mais falhas no decorrer do processo, nesse caso a maior delas ao meu ponto de vista é a de não facilitar o acesso às urnas aos eleitores interessados em participar do pleito eleitoral, um exemplo disso é o eleitor que reside nos alojamentos em Jirau, não poderem votar na localidade mais próxima que é Jacy-Paraná, o eleitor poderá justificar e para isso terá um prazo de sessenta dias sem ônus, mas ir lá e votar não podem.

Questionei com o rapaz que me atendeu no determinado Cartório, Sr. Edilson, sobre o fato, mas o mesmo apenas me disse que houve uma campanha feita pela administração do Distrito de Jacy-Paraná, que objetivava a inscrição do eleitor, um recadastramento ou até mesmo a transferência do eleitor para aquela localidade, no entanto, a campanha mal feita fez com que poucos procurassem a Justiça Eleitoral.

Sabendo-se que muitos moradores dos Distritos que preenchem a BR, trabalham hoje nas Usinas de Jirau e ainda que os turnos funcionam de domingo a domingo, porque o TER não viabilizou uma Urna na localidade oportunizando que esses trabalhadores pudessem exercer seu direito quanto cidadão?

Porque não possibilitaram o acesso dessas pessoas as salas de votação?

Pergunto-me e questiono muito o papel da Justiça Eleitoral, já vi governador acusado de compra de voto permanecer no poder, mesmo com todas as provas evidenciadas contra ele. Já vi senador em processo de cassação com direito a réplica, tréplica e por lá permanecerem por muito tempo. Não ouvi nenhum movimento da mesma justiça, de processos para que esses governadores, esses senadores e muitos deputados, ressarcissem o erário publico de tudo que perceberam quanto estiveram no exercício das funções, ora, se houve fraude na eleição, a vitória em si e que os colocou em tais cargos também são fraudulentas, devolver o que receberam de forma ilegal seria o mínimo que poderiam fazer, mas ao contrário, muitos ainda poderão retornar e participar de outros processos eleitorais.

O TRE que seria o inicio de tudo, da honestidade, do interesse e preocupação com o povo, parece não se mobilizar muito para que essas coisas mudem.

Não me calo diante desses absurdos que acontecem por aqui. No próximo domingo, o mínimo de eleitores que comparecerem as urnas decidirão pela emancipação ou não “daquela ponta lá”, se o número de eleitores será grande ou não, isso não temos nenhuma certeza, no entanto as diárias, comissões e outros recursos que mobilizam o processo, essas sim serão gordos e certos. Com certeza parte disso sai ainda do nosso bolso, nesse mundo de impostos que somos obrigados a pagar, mas nada podemos fazer, pois o poder não está em nossas mãos.

A cantora Ana Carolina gravou um poema de Elisa Lucinda intitulado Só de Sacanagem que traz a seguinte frase: ...sei que não da pra mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

Eu, consciente estou fazendo minha parte, voto 77, mas ainda assim acho que o direito ao voto é algo democrático e isso ninguém pode tirar do povo, cerciá-lo é retirar dele seu direito pleno.

Rondon da Silva
Analista de Projetos
Fone 99062820
[email protected]

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