Segunda-feira, 27 de novembro de 2006 - 05h56
Consideradas em documentos da Escola Superior de Guerra como instrumentos, "mais ou menos" conscientes, de interesses internacionais escusos, as organizações Não governamentais proliferam no país a partir da década de 1980. De acordo com o documento, a defesa do meio ambiente e dos direitos das populações indígenas, por exemplo, não seria senão uma cortina de fumaça para encobrir o verdadeiro objetivo, que é criar um clima propício a um questionamento externo da soberania brasileira sobre a Amazônia.
O documento da ESG, redigido na década 1990, continua atual, pois o movimento de resistência ao licenciamento do Projeto Madeira construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira é liderado por entidades financiadas com recursos internacionais. Os livros "Máfia Verde I e II", organizados por Lorenzo Carrasco, traçam radiografias das organizações não governamentais e as relaciona com os seus financiadores, mostrando ainda os interesses existentes por traz de cada ação.
A ong "Coalizão Rios Vivos", por exemplo, foi fundada em 1994, sob patrocínio da WWF, especificamente para coordenar a campanha contra a hidrovia Paraná-Paraguai. Reúne mais de 300 ongs de várias partes do mundo. Os recursos para mantê-la, segundo Carrasco, são enviados pelo Governo da Holanda, por intermédio do Ministério da Cooperação Internacional, como pela ong "Both Ends", mantida pelo Governo e pela seção holandesa do WWF. A Coalizão Rio Vivos conta, ainda, com recursos financeiros das fundações norte-americanas "C. S. Mott" e "W. Alton Jones".
Outra organização não governamental que quer impedir a construção do projeto Madeira é "Friends of the Earth - FoE" (Amigos da Terra), dirigida no Brasil pelo ítalo-brasileiro Roberto Smeraldi. Criada nos Estados Unidos em 1970, com financiamento de Robert O. Anderson, então presidente da empresa petrolífera Atlantc Richfiele, a FoE, tem sede em Amsterdan. Esta organização, juntamente com outras ongs transnacionais, atuou para impedir a continuação do Polonoroeste/Planafloro, que desenvolvia modelo sustentável para a ocupação econômica de Rondônia.
O Fórum Brasileiro de ONGs e Movimento Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) é a principal responsável pela mobilização que elevou a reserva legal das propriedades rurais da Região Amazônica de 50% para 80% (MP 2166), inclusive nos lotes rurais de projetos de colonização de Rondônia, nos quais norma específica permitia o corte raso, exceto nas áreas de preservação permanente, com determinação para o INCRA constituir reservas em bloco sob sua titularidade, corresponde a 50% da área do projeto, em terras arrendadas da União. Condicionando a existência desta reserva para financiamentos oficiais e autorização de exploração florestal. Esta ação resultou em um engessamento da economia de Rondônia por quase uma década.
Fazem parte da FBOMS os principais opositores à construção das hidrelétricas, como Amigos da Terra, Rede Brasil de Vigilância de Instituições Financeira Multilaterias, Instituto Viva Rio Madeira Vivo, entre outras.
Fonte: Glênio Tonon
Segunda-feira, 10 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
O mordomo da vez é a geração de energia distribuída
“Se me enganas uma vez, a culpa é tua. Se me enganas duas vezes, a culpa é minha”Anaxágoras (filósofo grego) Um dos clichês dos romances policiais do

LGPD, cibersegurança e o vazamento de 180 milhões de e-mails e senhas
Estive pensando muito sobre o impacto das novas tecnologias, especialmente sobre o papel da Inteligência Artificial em tudo que fazemos. E quanto ma

Porto-velhenses sofrem com a escassez de água potável
Entra governo, sai governo, e o problema do desabastecimento de água em Porto Velho persiste. Após oito anos no comando da capital, Hildon Chaves en

O mutirão de cirurgias da SESAU não pode parar
Sou testemunha do resultado resolutivo do mutirão de cirurgias que está em andamento em hospitais privados. Pacientes atendidos pela rede pública de
Segunda-feira, 10 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)