Sábado, 13 de julho de 2024 - 08h30

Há 125 anos pra trás foi proclamada a República do
Acre, pelo aventureiro espanhol Luis Gálvez Rodríguez de Arias! Isso aconteceu
em 14 de julho de 1889. Gálvez, “O
Imperador do Acre”, já se achando, mandou logo criar bandeira, escolas, corpo
de bombeiro e exército para o novo país. De olho no lucro da borracha,
comerciantes, seringalistas e políticos do Amazonas patrocinaram a epopeia de
invasão e ocupação do território boliviano. Mas não deu pé! O governo
brasileiro não aprovou a ideia, e república acreana fracassou logo em seguida.
Foi então que entrou em cena a Expedição
Revolucionária dos Poetas, tentando proclamar a República Democrática dos
Poetas e Boêmios Liberais do Acre! Armados até os dentes com os versos e prosas
de Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, eles partiram
pra porrada com os bolivianos, donos legítimos das terras ricas em
seringueiras.
A utopia dos poetas e boêmios seresteiros da
Amazônia Ocidental até que tinha o apoio e o incentivo do governo do Estado do
Amazonas, mas também não deu certo! Talvez tenha sobrado poesia, tabaco e rum e
faltado armas, planejamento e combatentes de verdade. A proclamação ocorreu em
29 de dezembro de 1900.
Nem a República de Gálvez nem a República dos
Poetas deram certo! No dia 11 de março de 1900, Gálvez bateu continência para
os militares brasileiros e se rendeu, sendo enviado preso para o Recife e de lá
seguiu rumo a Europa como exilado. Já os afoitos e revoltosos poetas e boêmios
foram derrotados, humilhados, e voltaram para Manaus pra tomar cachaça e
recitar nos bares da Eduardo Ribeiro!
O gaúcho Plácido de Castro comandou a Revolução
Acriana e tentou criar a terceira República do Acre, porém essa também não foi
pra frente.
A grande sacada histórica veio com José Maria da
Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, que chamou os Cambas e os Colhas
para uma conversa lá em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1903, e ali ofereceu
a quantia de 2 milhões de libras esterlinas e uma estrada de ferro ao povo
boliviano. O martelo foi batido na hora, e isso consagrou a morte das utópicas
repúblicas acreanas!
E assim foi sepultada a República Democrática dos
Poetas e Boêmios Liberais do Acre!
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