Quarta-feira, 20 de abril de 2016 - 16h13
Nesses dias históricos e decisivos na vida do País, após a Câmara dos Deputados aprovar a instauração do processo de impeachment da presidente da República, diante de todo um clima sociopolítico tenso e incerto, a pergunta que não quer calar é a seguinte, uma vez dado seguimento ao processo: o poder vai para as mãos de quem?
O título deste texto faz referência a Constituição que declara que todo o poder emana do povo, pois o exercício do voto legitima o poder popular, provindo da vontade soberana do povo brasileiro. Ao eleger representantes, se delega autoridade para que, uma vez eleito, de fato, o político represente quem fez com ele tivesse tal autoridade.
O que está em jogo nesse processo é o ajustamento político do Brasil, e a normalização da situação do país, posto que a crise política é a mãe de todas as demais crises que são reflexo direto da sombria instabilidade. Enquanto houver o impasse e interesses que não são os do povo, o condicionamento só tende a piorar e se agravar. Obviamente, quem sofre as consequências é quem tem nas mãos o poder de reverter tudo isso.
Nas ruas existem dois lados: favorável e contra o processo. O problema fundamental não é qual lado tem razão, mas qual lado representa de fato, a voz do Brasil. Diante de ideologias que chegaram ao limite, de interesses comunitários ou pessoais, os lados podem ganhar ou perder adeptos. Daí a problematização ganhar a cena: dada a validação e seguimento favorável ao impeachment, quem assume o cargo mais alto do executivo?
Com efeito, a linha sucessória presidencial, segundo determina a Constituição, no caso atual não é nada favorável, visto que, o vice não representa a esperança desejada de mudança; o presidente da Câmara e o do Senado encontram-se em situação semelhante de risco de perder os direitos políticos.
Se o Brasil discutisse toda votação que acontece na Câmara e no Senado, e se engajasse nas redes sociais e nas ruas, como está acontecendo agora devido a circunstância do momento, seria um passo positivo dentro da própria estrutura social num movimento generalizado que se preocupa e se relaciona diretamente com as decisões importantes da vida do País. Cabe agora ao Senado a decisão. E aí, Senado?
Felipe Augusto Ferreira Feijão
Estudante de Filosofia - FCF
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