Quinta-feira, 14 de março de 2013 - 14h30
A eleição do cardeal argentino, da Arquidiocese de Buenos Aires, para suceder o Papa Bento XVI, que renunciou de suas funções recentemente, põe por terra em definitivo, uma crença absurda cultivada entre os milhões de compatriotas nossos: a de que Deus é brasileiro. Essa é uma das maiores mentiras e lorotas já difundidas entre nós. Uma verdadeira estupidez e falta de bom senso, pois se Deus existe, como se afirma com tanta convicção, certamente Ele não escolheria e nem gostaria de ter a nacionalidade de um “paisinho” de quinta categoria como é o nosso. Com tantas opções e lugares bem melhores do que o Brasil, o Todo Poderoso não faria uma tolice dessas. Primeiro por que se tratando de um ser divino, onisciente, onipresente e onipotente imagina-se que não seria tão burro ou idiota a ponto de fazer tal escolha. Depois por que sendo nascido aqui, poderia ser confundido com um ser medíocre, estúpido, de pouca inteligência, interesseiro, malandro e de pouco reconhecimento no resto do mundo.
O novo papa, Jorge Mario Bergoglio, autodenominado Francisco, e não Francisco I, pois ainda não foi eleito nenhum outro com o mesmo nome, demonstrou de início ser também um homem muito simples e humilde: “foram me encontrar no fim do mundo para liderar os cristãos católicos”, disse serenamente. Porém, este fim do mundo a quê se referiu está bem à frente da nação que muita gente tola e desinformada acredita ser o lugar de nascimento de Deus. Os argentinos despontam no cenário mundial com números estatísticos bem melhores do que o Brasil. Em quase todos os aspectos analisados, os “hermanos” nos destronam e são muito superiores. A começar pelo sistema de Educação.Atualmente, a educação na Argentina é considerada como uma das mais avançadas e progressistas da América Latina, e firmemente reconhecida e destacada por diversos organismos internacionais como a UNESCO e a UNICEF. E a nossa? Qual o lugar de destaque das nossas escolas e do nosso sistema de educação?
O Hino Nacional da Argentina é lindo e tem uma melodia que arrepia de emoção quem o ouve. Todos os cidadãos nascidos lá o cantam de maneira orgulhosa e de peito estufado. O daqui, além de feio e sem nenhuma graça, é apenas balbuciado nas solenidades por meia dúzia de pessoas que mal conseguem entender a sua complicada e medieval letra. Com 42 milhões de habitantes distribuídos por uma área quase a metade da nossa, os argentinos ostentam um IDH duas vezes melhor do que o seu “vizinho gigante.” Os indicadores sociais argentinos os credenciam como um dos melhores países do mundo para se viver, apesar de alguns problemas que enfrentam vez ou outra. No cinema, o país já ganhou o Oscar duas vezes. Prêmio Nobel é até rotina entre os nossos vizinhos: já ganharam pelo menos cinco. Sendo dois de Medicina, dois da Paz e um de Química. Quais os nossos prêmios internacionais? Tem algum que valha a pena? Camaro amarelo, Lek, Lek e Eguinha Pocotó são as nossas melhores músicas.
Na política, também perdemos. Lá os ditadores foram punidos e todos estão presos. Por medo ou conveniência, nós nunca acertamos as contas com o nosso passado ditatorial. A corrupção deles é bem menor do que a nossa. Tolice falar do futebol. Embora tenhamos cinco títulos mundiais, o esporte jogado nos gramados portenhos é bem melhor do que o nosso. Os times de lá são mais eficientes do que os daqui e Messi é atualmente o melhor jogador de futebol do mundo. No campo, Maradona foi superior a Pelé em tudo. Ver a seleção nacional da Argentina jogar é presenciar um exercício de nacionalidade, de garra e de amor à Pátria. Os argentinos inventaram o ônibus, a caneta esferográfica, o sistema de impressão digital, o marca-passo e o doce de leite e, além disso, Rondônia e Porto Velho se localizam no Brasil. Por todas estas qualidades, a escolha de um argentino para ser Papa foi a coisa mais acertada que o Vaticano e os cardeais fizeram. É possível que se brasileiro administrasse a Santa Sé apareceria um Mensalão e casos de corrupção podiam virar rotina em Roma. O Papa nasceu na Argentina e Deus também. Com tanto roubo, violência, fome, desigualdade social, incompetência, corrupção e desmandos acho que quem nasceu aqui foi o Satanás, o Capiroto, o “Coisa Ruim”. Em Rondônia, por exemplo, ele já tem até uma ferrovia.
*É Professor em Porto Velho.
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