Sábado, 17 de dezembro de 2016 - 05h50

LUIZ LEITE DE OLIVEIRA
Alguns de nós, profissionais da Arquitetura, Urbanismo, da ciência da criação, somos impedidos de exigir respeito pela nossa memória, nossa história, nosso futuro.
Somos profissionais diversos, dentro de um só, num só... somos artistas, intelectuais. É complicado admitir isso, sim.
Exigimos respeito por esse desgoverno que aí está.
Numa situação delirante, somos cinicamente amordaçados, quando não nos admitem como somos e nos impõem a condição de colonizados.
A sacanagem continua. Nós nos sentimos obrigados a nos auto exilar em nossa terra.
Germano Bello, Vagner de Oliveira, Lorenzo Villar, Moacyr Pontes, Thaiz Lucksis, Lúcia Leal, somos orgulhosamente ou nos tornamos caboclos. E aos colegas que dessa maneira nos mencionam, agradeço o carinho.
Lembro que todos os arquitetos são também urbanistas.
No meu caso, sou mais um nessa multidão de profissionais de excelência. Fundamentais. Daqueles primeiros que vieram de Philadelpia, England, France, Grécia...
Vieram para região do Alto Madeira, fizeram a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Somos de resultado de uma cultura fortíssima. O arquiteto é um pensador, é muito difícil dizer sua atribuição. O que se passa por nossas cabeças?
Uma coisa é certa, para muitos, o arquiteto encarna o profissional da utopia, do impossível, porém, muitas vezes viabilizamos soluções.
Mesmo assim, que tristeza, ainda nos censuram!
Na maioria das vezes, somos impedidos de imaginar para nossa terra o que é ideal para Rondônia, para Amazônia.
Somos impedidos de trabalhar, ofertar a nossa contribuição. Somos impedidos de exigir respeito pela nossa memória, nossa história.
Fica a pergunta com amargo sentimento: quando vão nos deixar imaginar, planejar para nossa terra?
(*) O autor é arquiteto, urbanista, presidente do Conselho de Administração da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico e Amigos da Maderia-Mamoré (Amma).
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