Sexta-feira, 29 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

O amanhã dos refugiados



Gabriel Bocorny Guidotti
Bacharel em Direito e estudante de Jornalismo
Porto Alegre – RS
 
------------------------------
 
Em meio à crise de refugiados na Síria, é natural que as expectativas por soluções se concentrem em países de maior poderio econômico. Nos Estados Unidos, o tema é recorrente nos debates dos pré-candidatos do Partido Republicano à presidência. Donald Trump, o ricaço excêntrico, está entre eles. Recentemente, Trump polemizou ao comentar sobre a situação de cidadãos sírios que conseguiram refúgio em terras norte-americanas. “Se eu ganhar, eles vão voltar (para a Síria)”, afirmou.
 
A reação de entidades defensoras dos direitos humanos foi instantânea na imprensa e nas redes sociais. Trump sempre deixou clara sua posição contrária ao acolhimento de refugiados, algo que impulsionou diversas brincadeiras em programas de talk show americanos. O fulgor na defesa de seus pensamentos, entretanto, pode ter sido fatal nas eleições do partido. As mais recentes pesquisas mostram que o magnata, antes líder absoluto, agoniza nas intenções de voto, perdendo para o médico americano Ben Carson.
 
A crise dos refugiados é humanitária, não política. Nos Estados Unidos, há forças que lutam pela aceitação dos migrantes em solo nacional, a exemplo da colonização que aconteceu no país séculos atrás. A bem da verdade, ninguém quer virar salvador de todos os refugiados do mundo. Fronteiras estão sendo fechadas na Europa. Afinal, de quem é a responsabilidade? A comunidade internacional pode se eximir dos motivos que ensejaram o êxodo na Síria?
 
Não se trata da vida de um único garotinho encontrado morto nas praias da Turquia. O problema é global, incitado pelo potencial bélico de grupos cujo único propósito é afrontar a dignidade dos outros. De suas mansões e cassinos, Donald Trump parece estar longe demais da realidade cruel vivida pelos refugiados da Síria. Ele sempre foi um homem rico, nunca precisou lutar por nada. Lutar por sobrevivência, tampouco.
 
A imagem do corpo do pequeno Aylan Kurdi não pode ser esquecida. Relembrou os piores horrores da Segunda Guerra Mundial. Note, os horrores continuam e tendem a continuar caso os Estados Unidos eleja um bon vivant insensível. Quantos mais precisarão morrer até que possamos obter um pouco de tranquilidade e paz? Nossa espécie é uma só. Ajudar o outro constituiu responsabilidade de cada ser humano.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 29 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Por que os políticos não gostam do bairro JK-I?

Por que os políticos não gostam do bairro JK-I?

Cheguei à conclusão de que os políticos, sem exceção, não gostam mesmo do bairro JK-I. Prova disso pode ser observado no péssimo serviço de abasteci

O governador Marcos Rocha deveria pegar algumas aulas com o governador Ronaldo Caiado sobre segurança pública

O governador Marcos Rocha deveria pegar algumas aulas com o governador Ronaldo Caiado sobre segurança pública

Quando o assunto é segurança pública, o rondoniense não tem do que se orgulhar, exceto do esforço, da coragem e dedicação da maioria dos policiais.

União Europeia no mau caminho ao quer igualar lei e moral

União Europeia no mau caminho ao quer igualar lei e moral

Vingança não pode tornar-se em Fundamento quer da Lei quer da Ética Ursula von der Leyen quer empregar os lucros do investimento provenientes de a

As eleições de outubro e os políticos sinecuristas

As eleições de outubro e os políticos sinecuristas

Pouco menos de oito meses nos separam das eleições para a escolha do prefeito, do vice-prefeito e dos vinte e três vereadores que vão compor a Câmar

Gente de Opinião Sexta-feira, 29 de março de 2024 | Porto Velho (RO)