Sábado, 31 de agosto de 2024 - 08h10

O
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Nelson Jobim, declarou na
semana passada, que a baderna de 8 de janeiro de 2023, com quebradeira de
edifícios públicos brasilienses não
foi tentativa de golpe de Estado, nem atentado violento para
eliminar o Estado Democrático de Direito.
Em
outras palavras, disse o que eu vinha afirmando desde agosto de 2022: que não
haveria o menor risco de golpe de Estado no Brasil, pois as Forças Armadas
(FFAA) jamais romperiam a ordem.
Participei
de entrevistas até mesmo no Congresso Nacional, escrevi artigos, proferi
palestras, reiterando minha opinião no sentido de que sem armas não há
possibilidades de se derrubar governos e que as FFAA eram escravas da Lei
Suprema.
Fui
professor da ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército durante 32
anos e em 33 cursos para coronéis, dos quais, no fim dos mesmos, seria escolhida
a maior parte dos generais de Brigada daquele ano. Recebi com muita honra o
título de professor Emérito e quando completei 30 anos de aulas, fui
homenageado com um quadro da Escola com meu nome, menção aos 30 anos de atuação
e uma única frase: "o saber a serviço da pátria".
Posso,
pois, dizer - e o fazia desde agosto de 2022 quando se levantou, não sei com
que fundamento e motivação a tese que haveria risco de um golpe pelas FFAA -,
que o Exército brasileiro é um escravo da Constituição e, se chamado por
qualquer Poder, poderia APENAS ATUAR PARA GARANTIR A ORDEM E JAMAIS PARA
ROMPÊ-LA, interpretação que sempre dei ao artigo 142 e que foi, também não sei
por qual razão, distorcida por desavisados intérpretes de meus escritos.
Aliás,
o caput do artigo 142 tem esta redação:
Art.
142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Se
é para garantir a lei e a ordem, como admitir a ruptura?
Ora,
sem FFAA e sem armas, a baderna do dia 08/01/2023 não foi diferente daquela que membros do
PT e MST fizeram no Congresso, também destruindo suas dependências, durante o
Governo de Michel Temer, obrigando-o a declarar Estado de
Emergência e desalojá-los.
Em
reunião da Academia Paulista de Letras Jurídicas, da qual é membro e eu
chanceler, declarou o presidente Temer que, desalojados aqueles baderneiros do
Congresso, suspendeu o Estado de Emergência e, lembrando- se de Juscelino
Kubitschek que anistiou os
revoltosos do Araguaia e Jacareacanga, fez o mesmo, objetivando a pacificação nacional.
Os
fatos desmentem a narrativa criada de que um grupo desarmado e preso sem que
fosse dado nenhum tiro por um contingente limitado de soldados, tinha posto em
risco o Estado Democrático de Direito no Brasil e quase deu um golpe!!!
Nelson
foi dos principais colaboradores de Bernardo Cabral na Constituinte e, com
objetividade, clareza e sem preconceitos e ódios, esclareceu a natureza real da
baderna de 8/1/2023, ou seja, um mero protesto popular que desaguou numa baderna,
na qual não se sabe se houve ou não infiltrados, pois os vídeos do Palácio nunca foram exibidos em relação a toda a
duração do episódio.
Alegrou-me
ver que a palavra do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim,
vem mostrar ao povo brasileiro, mais uma vez, a “verdade verdadeira” de
8/1/2023.
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